Ah, que vontade de tomar um café...” Quando vamos tomar um café, raramente pensamos sobre
quando, onde e como estes grãos começaram a ser utilizados para fazer esta deliciosa bebida que a maioria de nós toma quase todos os dias.
São muitas as lendas sobre o início da utilização do fruto do café como bebida. Uma das mais contadas é
lenda de ‘Kaldi’.
Na província de Kaffa (sudoeste da Etiópia), um pastor de cabras, que respondia pelo nome de Kaldi, percebeu que seus animais estavam mais agitados e despertos do que de costume. Ficou aflito por não saber o motivo. “Seria o efeito de umas estranhas bagas de um arbusto do qual os bodes estavam se alimentando?”, indagou-se.
Curioso, resolveu ele mesmo provar dos frutos, descobrindo que os mesmos o enchiam de energia. Então, levou-os ao
mosteiro local. Dois dos monges resolveram investigar o fato. Mas, por acharem que aquilo era
“obra do demônio”, jogaram-nos no fogo. O aroma que então se exalou das chamas, enquanto os frutos eram torrados, chamou a atenção dos demais monges, que, mais que depressa, vieram se informar sobre a origem de tão agradável perfume.
Os grãos de café, então, foram rastelados das cinzas e recolhidos. Considerando a importância da experiência, o abade decidiu que talvez o fruto não tivesse associações tão “infernais”, pois nada no inferno poderia ter tão agradável aroma, e sugeriu que os grãos fossem esmagados e colocados em água para ver que tipo de
infusão eles dariam.
Ao experimentarem a tal “poção”, logo descobriram que o preparo os mantinha acordados durante as longas rezas e períodos de meditações. Notícias dos maravilhosos efeitos da bebida foram se espalhando de mosteiro a mosteiro, ganhando o mundo. Estava descoberto o café!
Sindicafé-SP - Sindicato da Indústria de Café do Estado de São Paulo
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