Portal no Facebook Portal no Twitter Portal no YouTube Blog do Portal Portal nas Redes Sociais

Empresas Amigas da 3a Idade - Outras colunas

Portal Terceira Idade
Notícias do Cidadão Notícias do Cidadão Espaço Livre Espaço Livre Shows e Eventos Shows e Eventos Cursos e Atividades Cursos e Atividades Parcerias Parcerias Direitos 3a.Idade Direitos 3a.Idade

Diálogo Aberto

Enquete "Você acha
que...?"
Enquete
Cadastre-se Cadastre-se
no Portal
3a.Idade!
Busca Procurando
algo no site?
Busca
Pesquisa Links para
Pesquisa
Mural de Trocas Anuncie
seu produto!
Mural
de Trocas
Fale Conosco Dúvidas?
Sugestões?
Críticas?

Fale
Conosco
Dicas de Internet "Download"?
"Browser"?
Dicas
de Internet

Colméias da 3a.Idade
Colméias da 3a.Idade
Escolha o seu assunto e participe de nossas salas de chat temáticas

Diálogo Aberto
Diálogo Aberto
Saúde e Equilíbrio

Especial Acupuntura > Entrevista
Acupuntura pode tratar a depressão?
O Dr. Márcio De Luna explica como a terapia chinesa pode atuar como auxiliar ao tratamento farmacológico do psiquiatra, ajudando a reduzir as doses dos medicamentos e a melhorar a resposta aos mesmos
Para tirar suas dúvidas diretamente com o Dr. Márcio de Luna
Especialista em acupuntura, fisioterapeuta e
Presidente da ABA-RJ (Associação Brasileira de Acupuntura do Rio de Janeiro)
Fale com o Dr. Márcio de LunaFale com o Dr. Márcio de Luna
WhatsApp: (21) 97494-9786
WhatsApp
(21) 97494-9786
Fale com o Dr. Márcio de Luna
Os estímulos da acupuntura são altamente promotores do equilíbrio físico e mental

Ainda há muito desconhecimento, por parte dos médicos, acerca das possibilidades terapêuticas da acupuntura e seus resultados quando utilizada no tratamento do transtorno depressivo

acupuntura sempre foi usada na China e em todo o Oriente para tratar das mais variadas queixas, agravos à saúde e doenças em geral. No ocidente, ela ficou mais conhecida pelo seu potencial anti-inflamatório e analgésico.

O Dr Márcio De LunaNo entanto, ela tem uma gama de ação muito mais ampla do que só como terapia para dor, podendo ser usada, também, no transtorno depressivo, seja como tratamento coadjuvante ao tratamento psiquiátrico farmacológico e às psicoterapias, seja como tratamento soberano, quando sozinha ela consegue controlar alguns quadros depressivos.

Para falar mais sobre o assunto, o Portal Terceira Idade entrevistou o Dr. Márcio De Luna, especialista em acupuntura há 33 anos, fisioterapeuta, presidente da ABA-RJ (Associação Brasileira de Acupuntura do Rio de Janeiro) e colunista do Portal. Acompanhe a entrevista, abaixo.

Portal Terceira Idade: Qual a contribuição da acupuntura na depressão?

Dr. Márcio De Luna: Em geral, quando é um quadro depressivo leve e recente, a acupuntura sozinha, frequentemente, consegue normalizar o humor do paciente. Porém, na maioria das vezes o paciente apresenta um transtorno depressivo moderado ou grave, que necessita da intervenção do psiquiatra e uso de medicação antidepressiva.

Nesses casos, a acupuntura atuará como auxiliar ao tratamento farmacológico do psiquiatra, ajudando a reduzir as doses dos medicamentos e a melhorar a resposta aos mesmos, o que faz com que o doente se recupere mais rápido e com menos efeitos colaterais oriundos do tratamento farmacológico.

Portal: Se a acupuntura é tão boa assim, por que, então, ela não é indicada pelos psiquiatras como recurso auxiliar ao tratamento da depressão?

Dr. Luna: Essa é uma pergunta tão boa quanto difícil de responder. De fato, há vários fatores que concorrem para a não indicação da acupuntura por parte dos psiquiatras, psicólogos e profissionais de saúde mental em geral.

O primeiro deles, na minha opinião, é o próprio desconhecimento acerca das reais indicações e possibilidades terapêuticas da acupuntura. Não se pode indicar algo que não se conhece.

Em segundo lugar, o preconceito, pois, muitas vezes, fala mais alto a “crença” pessoal do psiquiatra ou do profissional da área psi, ao invés de preponderar uma postura profissional baseada em evidencias cientificas ou mesmo clínicas.

Em terceiro lugar, há uma falta de confiança e um desconhecimento, da parte do psiquiatra, em quem indicar para tratar o seu doente de depressão com acupuntura. Pois, como a acupuntura não é uma especialidade médica exclusiva – vários profissionais da área de saúde podem se especializar em acupuntura –, o psiquiatra teme o que um outro profissional, que ele não conhece a formação acadêmica e cientifica, possa vir a fazer com o seu paciente, e acabar atrasando a recuperação do quadro depressivo, ou mesmo piorar o transtorno em si.

Com isso, psiquiatras e psicólogos acabam preferindo manter o que classicamente conhecem e já sabem que funciona no transtorno depressivo, em detrimento de indicarem algo novo e desconhecido para eles, como a Acupuntura ou outra prática integrativa e complementar.

Portal: Na sua opinião, o que pode ser feito para a acupuntura ser mais indicada pelos profissionais de saúde mental?

Dr. Luna: A primeira coisa já está sendo feita aqui pelo Portal da Terceira Idade, que é divulgar o fato como ele é, e isso vocês sempre procuraram fazer e eu sou testemunha disso. A segunda coisa, bem mais difícil, é a criação de uma Faculdade de Acupuntura. Com ela, a população saberia claramente quem é esse profissional chamado Acupunturista.

Hoje, o que se tem no Brasil é uma zona cinza que permite a qualquer um se autointitular de acupunturista, já que não há ainda uma lei federal, nem uma graduação própria, um bacharelado. Atualmente, no nosso país, os profissionais de saúde de nível superior (fisioterapeutas, médicos, dentistas, enfermeiros, psicólogos etc.) que cursaram longas especializações em acupuntura, acabam sendo confundidos com aqueles egressos de cursos livres ou técnicos e, portanto, são desconsiderados e desvalorizados no exercício da sua prática clinica, pela população e pelos próprios profissionais de saúde também.

Portal: Como a acupuntura trata a depressão?

Dr. Luna: Bem, isso não é tão fácil de explicar em poucas linhas, mas vou tentar... A acupuntura intervém na saúde do individuo, seja reabilitativa, preventiva ou curativamente, através da inserção de finíssimas agulhas metálicas em pontos específicos da superfície cutânea, predeterminados pelos chineses há milênios atrás.

Esses pontos são chamados de Acupontos, ou Pontos de Acupuntura, e eles têm uma característica, ou uma propriedade bioelétrica, que é a de possuírem uma baixa impedância, ou seja, apresentam uma baixa resistência à passagem da corrente elétrica.

Isso é importante porque, nos estados patológicos (doenças), essa impedância encontra-se alterada justamente nos pontos de acupuntura correspondentes aos órgãos e sistemas orgânicos que já estão doentes ou que vão ficar doentes a curto prazo, e cuja essa alteração elétrica já está prenunciando.

Os acupontos, apesar de serem pontos bioelétricos, como vimos, se utilizam do sistema nervoso periférico (nervos) como uma interface, ou substrato (terreno) material, para que essa rede elétrica composta pelos pontos de acupuntura e os caminhos invisíveis que eles formam (sistema de canais chineses de energia), semelhantes a fios elétricos, possa levar os estímulos (inputs=sinais de entrada) feitos nesses mesmos acupontos, para serem traduzidos pelo sistema nervoso central (cérebro).

Na acupuntura, esses estímulos podem ser as picadas (agulhas), gelo ou calor (charuto de artemisia que aquece os acupontos), pressão local com os dedos (Shiatsu ou Do-In), luz (laser, LED etc.), som (fonoforese, ultrassom etc.), substâncias medicinais (pomadas, florais, óleos essenciais, etc.), eletricidade (TENS, eletroterapia etc.), magnetismo (imãs) e injeção de substancias medicinais alopáticas, homeopáticas, plasma rico em plaquetas do próprio paciente, soluções hidrossalinas, vitaminas e etc. Embora os acupontos não sejam adequados para a injeção de substancias, esse recurso poderá ser tentado com resultados variados.

Uma vez o cérebro recebendo tais estímulos (inputs), ele os traduz (transdução dos sinais recebidos) e reage com uma reposta elétrica (output=sinais de saída) organizadora e curativa dirigida ao órgão e/ou sistema relacionados com aquele ponto de acupuntura que foi estimulado anteriormente e cujo cérebro identificou a alteração elétrica característica de um órgão ou sistema doentes ou prestes a adoecer.

Portanto, os estímulos da acupuntura (e eu chamo a atenção aqui para o fato de que os chineses não inventaram nada até o presente momento que supere os estímulos das agulhas nos acupontos), são altamente promotores do equilíbrio físico e mental.

E se o desequilibrio é no próprio cérebro, como no caso da depressão, as picadas em pontos apropriados irão auxiliar a recuperação e a retomada do funcionamento normal do cérebro doente. Se em até 15 sessões de acupuntura o paciente portador do transtorno depressivo não melhorar, é porque há necessidade insubstituível de medicação psiquiátrica.

Portal: E como a medicina chinesa e a acupuntura interpretam a depressão?

Dr. Luna: Para a medicina chinesa, toda e qualquer doença é uma alteração da energia do organismo, da nossa bioeletricidade, em ultima analise. Seja essa alteração na quantidade da energia: deficitária ou excessiva; seja na qualidade dessa energia: boa ou ruim; ou seja quanto a circulação dessa mesma energia.

Às vezes, você tem uma quantidade e uma qualidade boas da energia do organismo, mas ela não está circulando adequadamente, e aí acaba deixando órgãos/sistemas e segmentos/regiões mal nutridos, levando também, com isso, a doenças. E o transtorno depressivo, não é diferente desse raciocínio, para a medicina chinesa.

Acrescentando a isso que, para os chineses, as doenças mentais são reflexos do mau funcionamento dos órgãos, que acabam repercutindo no cérebro, dado as relações fisiológicas internas que a medicina chinesa descobriu e que a medicina ocidental sequer considera existir.

Por exemplo: na medicina chinesa, o mau funcionamento do fígado e do intestino grosso provoca mal humor, que é um estado mental alterado. Hoje, a relação entre cérebro e intestino grosso já é reconhecida e bem estudada pela medicina ocidental.

Em termos de melancolia, tristeza e depressão, para os chineses, o mau funcionamento tem origem no eixo pulmões e coração. E essa relação fisiopatológica ainda não é reconhecida pela medicina ocidental.

Não é que a pessoa seja cardiopata ou um pneumopata, como no ocidente entendemos. Os chineses sabem que há alterações na química cerebral na depressão, porém, eles vão mais além, pois consideram que tudo dentro do organismo está ligado de uma forma ou de outra. E, para eles, a causa real se encontra no mau funcionamento do eixo coração-pulmão, mesmo que seja eletricamente falando, ou, talvez, em relação a alguma substância produzida por esses órgãos, ainda não descoberta pela ciência ocidental, que interfere na química cerebral levando à depressão ou a estados depressivos.

O fato é que eles tratam a depressão usando vários acupontos relacionados com o funcionamento do eixo coração-pulmão e obtém resultados.

Isso me faz lembrar que até pouco tempo (aproximadamente 30 anos atrás) o coração era somente considerado um órgão do tipo bomba mecânica de propulsão do sangue. Até que se descobriu o peptídeo natriurético atrial (ANP), o primeiro de mais três que se conhece no total até agora, produzidos pelo coração. E hoje já se sabe que esses peptídeos cardíacos, além de manterem o equilíbrio do próprio coração (homeostasia), têm ação anti-câncer poderosa também.

Isso mostra que a conversa cruzada (crosstalk) entre os órgãos e sistemas do nosso corpo é muito mais complexa do que podemos imaginar e ainda há muito para se descobrir na ciência da saúde, que provavelmente irá comprovar muitas das teorias e relações fisiológicas e fisiopatológicas que os chineses já descobriram há muito antes de nós.

Daí podemos concluir que ainda é muito grande o abismo entre as duas medicinas e as formas de se tratar o ser humano.

Portal: Quais as suas considerações finais?

Dr. Luna: Eu espero, sinceramente, que as pessoas que nos leem, se já tiveram experiências ruins com a acupuntura, considerem dar mais uma chance a ela, procurando, dessa vez, conhecer a formação acadêmica e a faculdade que o especialista em acupuntura escolhido cursou. Pois, na maioria das vezes que a acupuntura não logra o efeito que o paciente espera, a responsabilidade não é da acupuntura como método, mas, sim, de quem a aplica, como aplica, com que frequência a aplica e se ela estava bem indicada ou não.

Fotos/ilustrações: divulgação

Mais sobre o assunto na internet
MinhaVida > Bem-estar > Tratamentos > Estresse
Acupuntura pode ser boa aliada no combate ao estresse
Melhoras costumam ser notadas a partir da quarta sessão
Mais sobre o assunto no Portal Terceira Idade
Fale com o colunista Fale com o Dr. Márcio de Luna
Especialista em acupuntura há 33 anos, fisioterapeuta e colunista do Portal Terceira Idade
Envie suas dúvidas sobre acupuntura, depressão e outros assuntos relativos à saúde
Saúde e Equilíbrio > Anteriores > Saúde/Acupuntura - Depressão
Acupuntura alivia os sintomas de depressão durante a gravidez
Muitas mulheres já recorrem à terapia para aumentar as chances de engravidar, como as celebridades Jennifer Aniston e Celine Dion, que ficou grávida logo após se submeter às sessões

Apoio Cultural

Fran´s Café
Fran´s Café
Mais de 150 lojas servindo café desde 1992

Outras Colunas

Acupuntura
Calor excessivo
Calor demais por muito tempo leva a inflamações e alterações circulatórias graves
AVCs, trombose venosa profunda, isquemias e hemorragias são alguns dos problemas circulatórios graves que podem afetar as pessoas nas altas temperaturas prolongadas
Neurologia
Estimulação
cognitiva
‘Estação Ativamente’ ajuda a estimulação mental e física de idosos
Utilizando jogos computadorizados de alta tecnologia adaptados para a terceira idade, as atividades do projeto proporcionam maior interação social, maior independência e autonomia e prevenção de declínio funcional e da memória
Gerontologia
Entrevista
Envelhecimento da população abre espaços para atuação do gerontólogo
Em entrevista realizada pela Universidade de São Paulo (USP), a gerontóloga Eva Bettine, coordenadora do Canal Alzheimer do Portal Terceira Idade, fala sobre os desafios da área no Brasil
Saúde
Audição
Você assiste televisão com o volume muito alto? Tem dificuldade em acompanhar conversas em grupo? Finge que entendeu o que foi conversado?
Se você respondeu sim a estas perguntas, você pode estar com algum sintoma de perda de audição. Para ajudar as pessoas a identificarem o problema, especialistas da rede Direito de Ouvir desenvolveram um teste com 10 perguntas bem simples. Confira
Saúde
Superbactérias
Estudo realizado nos Estados Unidos revela que 1 em cada 4 idosos tem uma superbactéria na mão após internação hospitalar
O alto nível de superbactérias nas mãos do paciente aumenta a chance de transmissão a outros pacientes frágeis e, também, aos profissionais de saúde. Depois da hospitalização, parte dos idosos carrega as bactérias para outros lugares
Saúde
Acupuntura
Como o verão pode nos afetar, mental e fisicamente, especialmente na 3ª Idade
Altas temperaturas predispõem à formação de cálculos renais, desidratação, desorientação e alterações cognitivas (sem motivos aparentes no idoso), inflamações, alteração de pressão, insônia... Conheça os cuidados que devemos tomar nessa época do ano
Saúde
Socialização
Maturidade é tempo de novos limites, tempo de se redescobrir...
Projeto ‘Permitir-se - Encontros com a Melhor Idade’ possibilita reflexão, interação, alegria e descontração, através de oficinas de memória, expressão corporal adaptada à idade, socialização, contação de estórias, atividades e jogos de criatividade
Saúde
Dia Mundial do Rim
No dia 9 de março, vários países, entre eles, o Brasil, celebram o Dia Mundial do Rim
O tema deste ano é “Doença Renal e Obesidade”. O Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, será iluminado com as cores azul e vermelho, chamando a atenção para a Doença Renal Crônica (DRC), que atinge um em cada dez adultos no mundo
Saúde
Atividade física
Diferente da musculação, treinamento funcional oferece aulas mais dinâmicas, desafiadoras e divertidas
A técnica, essencial para o dia a dia de atletas, adultos sedentários ou idosos, utiliza materiais diversos, como bolas e elásticos, exercitando todos os músculos de forma integrada
Saúde
Deficiência
intelectual
Tratamento precoce aumenta a expectativa de vida de pessoas com deficiência intelectual
Uma oficina de música, desenvolvida pela APAE de São Paulo, mostra como pessoas com deficiência intelectual adultas em processo de envelhecimento participam das atividades com a alegria e prazer
Arteterapia
A arteterapia aplicada à doença de Alzheimer
Recursos artísticos estimulam o cérebro e auxiliam a atenção e concentração, incentivam a criatividade, auxiliam na percepção e estímulo visuoespacial e melhoram a autoestima

Portal Terceira Idade® é uma realização da
Associação Cultural Cidadão Brasil
©Todos os direitos reservados
Desenvolvimento, Webdesign e Sistemas: Auika - Web & Graphic Design