Desde os primórdios da humanidade, tudo o que é novo sempre nos assustou, gerando mitos e exageros: “Será que vamos ser atendidos por um robô, ao invés de um médico?…”
Com o avanço da tecnologia, novos meios estão sendo utilizadas para melhorar os cuidados e o acesso à saúde. No Brasil, um país com grandes distâncias geográficas e barreiras socioeconômicas, o atendimento médico, muitas vezes, é difícil de ser alcançado.
Saúde de forma remota
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a telemedicina envolve o uso de telecomunicação e tecnologia virtual para fornecer atendimento de saúde de forma remota e fora dos serviços de saúde tradicionais. Através dela, um paciente que mora em uma zona rural pode conseguir conselhos médicos de um especialista que fica em um local distante.
Para o paciente que mora em regiões urbanas, a telemedicina oferece um primeiro atendimento presencial, no qual o médico irá conhecê-lo, entender as suas necessidades, além de pedir exames, caso necessário. Na etapa da teleconsulta, ele avaliará seus exames, o andamento do caso e, mais adiante, agendar mais uma consulta presencial.
Aí vêm os mitos… “Esta situação vai gerar um atendimento frio? O médico vai agir como um robô? Vai ser tudo impessoal?…”
Quantas vezes, em uma consulta ou retorno presencial, o médico nos trata de forma fria e rápida? Fala conosco anotando nossos dados e, depois, nos prescreve uma receita em apenas 10 ou 15 minutos de conversa? O mais importante é como o médico nos atende, seja presencialmente ou à distância!
Benefício da telemedicina para pacientes crônicos e idosos
Outra questão a ser pensada também é o beneficio da telemedicina para pacientes crônicos e idosos. No Brasil, 7 em cada 10 idosos possuem doenças crônicas, como hipertensão, diabetes e colesterol alto.
Isso significa que, após a primeira consulta presencial, o acompanhamento poderá ser feito com o uso da teleconsulta, em conversas online, além do pedido de alguns exames e mudança do remédio ou renovação da receita, online, se necessário, evitando, assim, vários deslocamentos do paciente ao hospital ou ao consultório médico e diminuindo o tempo de espera nas filas para as pessoas mais velhas.
Atendimento na privacidade de sua casa
A telemedicina também vem para atender às questões emocionais, as quais são, muitas vezes, colocadas em segundo plano. Muitas doenças físicas surgem devido a fatores emocionais como ansiedade, depressão, ou mesmo falta de acolhimento por parte da família e dos amigos. Sessões de terapia e aconselhamento com psicólogos podem, através de teleconsulta, ser feitas na privacidade de sua casa.
O médico, o nutricionista, o farmacêutico, o psicólogo e outros profissionais da área da saúde podem acompanhar, à distância, os tratamentos prescritos, além de lembrar os pacientes, por exemplo, de tomar sua medicação e ter hábitos saudáveis, atividades físicas e alimentação adequada, prevenindo várias doenças e mantendo a nossa saúde.
O calor humano e a ética de um bom médico atravessam a barreira da presença física!
Foto: Image by DC Studio on Freepik
Mais sobre o assunto na internet
Coordenadora Geral do Portal Terceira Idade, Pesquisadora do Envelhecimento, Pedagoga e Jornalista (API, Assoc. Paulista de Imprensa: Reg. 2152) (clique aqui para falar com a colunista)