Muitas pessoas – em especial os idosos – pensam na chegada do inverno como um vilão: junto com ele, batem à porta as dores ósseas, musculares e articulares. A ciência ainda não explica exatamente como as alterações meteorológicas pioram algumas doenças e alguns doentes, mas sabe-se que alterações na pressão atmosférica (barométrica), juntamente com a umidade e a temperatura baixa, interferem no funcionamento normal das células e, consequentemente, dos órgãos e sistemas orgânicos.
Atualmente, no arsenal terapêutico ocidental, podemos contar com diversas alternativas terapêuticas para aliviar o sofrimento daqueles que padecem de dores agravadas pelo clima, entre elas a acupuntura – método milenar da tradicional medicina chinesa que atua em pontos estratégicos.
A acupuntura atua nas articulações, nos ossos e nos músculos, melhorando a nutrição e o reparo celular das juntas, bem como aumenta a vascularização e equilibra o metabolismo dos músculos e dos nervos, trazendo relaxamento e aliviando dores nessa época de temperaturas baixas.
Maior longevidade
A acupuntura é bem indicada para pacientes que já chegaram à terceira idade. Os idosos em geral têm dificuldades de mobilidade por consequência de um metabolismo muscular mais frágil e, com a acupuntura, além de reduzir o problema das dores ósseas e articulares, o método previne a atrofia muscular e ainda contribui para uma maior longevidade.
Estudo aponta melhoria na motricidade humana
Um estudo realizado na Universidade de Waseda, em Tóquio, no Japão, apontou que o tratamento através da acupuntura pode melhorar significativamente o movimento humano.
Segundo Akiko Onda, pesquisadora que liderou o estudo durante quatro anos, os resultados alcançados nesse estudo identificaram que a acupuntura pode prevenir a atrofia dos músculos esqueléticos. Durante a pesquisa, publicada pela Biochemical and Biophysical Research Communications, a equipe comprovou que a perda de massa muscular poderia ser significativamente revertida pela acupuntura.
O resultado desse estudo é extremamente importante para a população em geral por conta da perda muscular anual média, de 1%, que todos nós apresentamos normalmente após os 40 anos. E, mais ainda, por aqueles que perdem muita massa por causa de problemas de saúde, ou porque estão acamados ou apresentam problemas de locomoção e atrofias.
Alinhando acupuntura e exercícios físicos, na medida do possível, a tendência é só melhorar!
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Especialista em Acupuntura, Fisioterapeuta, Mestre em Ciência da Motricidade Humana (UCB-RJ), especialista em Neurociência aplicada à Longevidade (IPUB/UFRJ) e presidente da ABA-RJ (Associação Brasileira de Acupuntura do Rio de Janeiro) (clique aqui para falar com o colunista)