Meias com mesas fartas e muitos, muitos presentes… Essa é a cena típica no imaginário de quase todo mundo nesta época de Natal. E essa imagem torna-se quase que um ritual religioso – e comercial – a ser seguido pelas famílias, quer tenham condições ou não, transformando o espírito de Natal em um festival de compras nos shopping centers.
Para mostrar que é possível celebrar o nascimento de Jesus sem a obrigação de ter que comprar presentes, Cristina Paoliello, contadora de histórias que estreará como colunista no Portal em janeiro de 2012, conta uma linda história de uma menininha que resolve dar à sua mãe, como presente de Natal, uma caixinha vazia… Porém, cheia de beijos…
Em entrevista especial de Natal, Cristina, professora de literatura formada pela UNESP, hoje, aposentada, fala sobre a importância de manter e perpetuar a tradição dos contadores de histórias e que todos deveriam dar mais valor à amizade e ao amor, nesta época e durante o ano inteiro.
Pessoa intensa, Cristina é cheia de vida e de histórias para contar, não só para as crianças, mas para os adultos e os mais velhos também. “Contar histórias, para mim, é uma arte e uma opção de vida. Sei que, através das histórias, posso resgatar a criança que existe em cada adulto e trazer o lúdico e a criatividade para todas as crianças”, explica.
Cristina pratica essa tradição há mais de vinte anos. Começou quando ainda dava aula em escolas públicas. Ela percebeu que, contando histórias, conseguia ensinar muito mais, levando seus alunos a entrar em um mundo cheio de fantasias e criatividade. Um mundo onde um boneco feito de papel e cola se transforma em um sapo ou um príncipe, tudo dentro de uma simples sala de aula.
Desde então, ela nunca mais parou de contar e ouvir histórias, seja em hospitais, asilos, ou para seus netos. “Acredito que, contando histórias, posso ajudar de alguma maneira a tornar nosso mundo melhor, pois as pessoas ficam mais felizes. Elas voltam a sonhar e interagir umas com as outras”, enfatiza.
Ela explica que, para contar histórias, não é necessário “fazer uma faculdade” e convida os leitores do Portal a acompanhar sua coluna, que estreia em janeiro, onde irá mostrar, através de vídeos explicativos, como é fácil – e muito prazeroso – tornar-se um contador de histórias.
Coordenadora de redação e interatividade do Portal Terceira Idade (clique aqui para falar com a colunista)