Com dinâmica própria, a internet tem sido incorporada ao cotidiano dos brasileiros de todas as idades e de diferentes níveis sócio-econômicos. A rede criou novas e surpreendentes possibilidades para o internauta se comunicar, estudar, jogar, educar, se relacionar e acessar informações variadas com muita agilidade.
Mas, como novo espaço público, a internet não pode ser identificada como uma terra sem lei e do “posso tudo e ninguém me acha”.
Preocupados com a proteção dos Direitos Humanos nesta nova sociedade da informação, um grupo de cientistas da computação, professores, pesquisadores e bacharéis em Direito criaram, em 2005, a SaferNet Brasil, uma associação sem fins lucrativos ou econômicos, sem vinculação político partidária, religiosa ou racial, com atuação nacional, que, logo em seguida, deu origem à Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos.
Como empenho adicional, a SaferNet desenvolve, também, ações nas áreas de educação e prevenção contra os perigos na web. O primeiro passo foi a realização, no segundo semestre de 2008, de uma pesquisa nacional inédita com crianças, jovens e pais de internautas sobre segurança na internet.
Os resultados revelam um cenário até então desconhecido sobre a relação dos jovens brasileiros com a rede, sobretudo, no que diz respeito aos riscos de um uso desorientado. A SaferNet realiza, periodicamente, novas pesquisas para subsidiar ações educativas e campanhas que orientem os internautas e ajudem a promover o uso ético e responsável da internet no Brasil.
Na seção ‘Prevenção’ do site da SaferNet, o internauta encontra uma cartilha com dicas de segurança e proteção, uma lista com termos indispensáveis para entender os perigos na rede, um guia de ‘Netiqueta’, com orientações sobre boas maneiras nas relações virtuais, além de noções básicas de Direitos Humanos na internet.
A instituição oferece, também, palestras, oficinas e cursos para alunos, pais, educadores e monitores de espaços que oferecem acesso público à internet interessados em conhecer mais sobre como proteger os direitos das crianças e adolescentes, bem como promover os Direitos Humanos e a cidadania no ciberespaço.
“Proibir não educa nem prevê. Diálogo e orientação ainda são as melhores tecnologias para proteger os internautas. Usando a internet com respeito e educação, podemos garantir que a rede continue sendo um espaço público livre e aberto para todos se expressar, interagir e se informar no mundo globalizado. Sempre que presenciar algo que viole os Direitos Humanos na internet, denuncie!”, alerta Rodrigo Nejm, Diretor de Prevenção da SaferNet Brasil.
Jornalista pela Unimar (Universidade de Marília) e autora do livro ‘Vivendo’ (clique aqui para falar com a colunista)