Segundo o Ministério da Saúde, 900 mil idosos têm a Doença de Alzheimer. No mundo, o número passa de 15 milhões. Ainda não existe nenhum medicamento que garanta a cura, ou que interrompa definitivamente o curso da doença de Alzheimer. Bem, pelo menos, até agora.
Um artigo publicado na revista “Science Translational Medicine” em outubro mostra como um experimento feito por cientistas da Universidade de Leicester, no Reino Unido, conseguiu desenvolver um remédio oral que foi capaz de proteger o cérebro de roedores com uma doença neurodegenerativa. O teste pode abrir as portas para futuros tratamentos contra Alzheimer, Parkinson e esclerose lateral amiotrófica.
Doenças causadas por príons (proteína degenerada que é um agente infeccioso), como a que é conhecida como mal da vaca louca, e males neurodegenerativos como Alzheimer e Parkinson causam a morte de neurônios, o que dá origem a problemas cognitivos, como piora progressiva da memória.
Os pesquisadores britânicos explicam que isso acontece porque, nas pessoas com esse tipo de doença, há um acúmulo de proteínas degeneradas nas células cerebrais. Esse acúmulo ativa um mecanismo celular que “desliga” a produção de proteínas. O problema é que, sem produzir essas proteínas, a célula acaba morrendo.
O novo composto, administrado oralmente a um grupo de roedores doentes, impede o início dessa reação nos neurônios, que então conseguem continuar a produzir as proteínas saudáveis de que eles necessitam.
Testes em humanos
Ainda não se sabe se a droga surtirá o efeito esperado em humanos, e os testes clínicos ainda levarão anos para começar.
“Estamos muito longe de uma droga que possa ser usada em humanos. Esse composto teve efeitos colaterais graves. Mas o fato de termos estabelecido que esse caminho pode ser usado para proteger contra a perda de células cerebrais significa que o desenvolvimento de drogas para essas doenças neurodegenerativas é uma possibilidade real”, afirmou ao jornal inglês “Guardian” a pesquisadora Giovanna Mallucci, da Universidade de Leicester.
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