Todo brasileiro que assiste TV já ouviu a famosa frase “Versão brasileira, Herbert Richers” no início de um filme estrangeiro dublado para o português.
Herbert Richers, dono do maior estúdio de dublagem brasileiro que leva o mesmo nome, morreu na madrugada do dia 20 de novembro, aos 86 anos. Ele estava internado desde o dia 8, na clínica São Vicente, no Rio de Janeiro (RJ), e não resistiu a uma insuficiência renal aguda.
O empresário teve uma longa trajetória no cinema brasileiro. Nascido em Araraquara (SP), chegou ao Rio de Janeiro em 1942, aos 19 anos. Começou a trabalhar em um laboratório de revelação e logo partiu para a fotografia.
Participou como fotógrafo de filmes da Atlântida, até se tornar cinegrafista do “Jornal da Atlântida”, conhecido noticiário que era apresentado nas salas de cinema antes do início dos filmes.
Em 1950, criou o “Jornal da Tela”, que concorreu com o “Jornal da Atlântida”. “Foi a partir daí que ele se tornou um grande produtor de cinema, investindo dinheiro do próprio bolso, como se fazia naquele tempo, para fazer filmes de chanchada”, diz Herbert Richers Jr., seu filho. Durante duas décadas, entre os anos 50 e 70, Richers produziu entre três e oito filmes por ano.
Richers criou o principal estúdio dublador do Brasil. Até a década de 1960, era comum os filmes brasileiros também serem dublados, pois não havia uma boa tecnologia de captação simultânea de imagem e som. Seu estúdio começou dublando o filme ´Zorro´, da empresa de Walt Disney, contratado pessoalmente pelo diretor americano.
Hoje, a empresa possui dez estúdios de dublagem e dois de filmagem. Considerado um dos maiores estúdios de dublagem da América Latina, é responsável por grande parte dos filmes exibidos em português no país.
Coordenador de Webdesign e TI do Portal Terceira Idade, Jornalista e Publicitário (API, Assoc. Paulista de Imprensa: Reg. 2150) (clique aqui para falar com o colunista)