O paciente aguarda na sala de espera para ser atendido em um dos consultórios da clínica. Enquanto espera, utiliza o banheiro, que fica ao lado da cozinha e de um espaço com equipamentos fisioterápicos. Quem pensa que a cena acima é a de uma clínica de fisioterapia comum, engana-se.
Esse é o cenário de um ônibus-clínica (foto) com 14 m de comprimento, que conta com sala de espera, três consultórios com macas, cozinha, chuveiro e banheiro, além de um espaço reservado aos equipamentos fisioterápicos. O porta-malas permite ampliar o espaço de atendimento para o lado externo, com a complementação de 6 metros de toldo e tatame.
Há quase três anos, Maria de Las Gracias Franceshini, idealizadora do ônibus transformado em clínica popular, e mais três fisioterapeutas atendem pacientes com problemas ortopédicos e neurológicos, encaminhados por médicos, na periferia da Zona Sul de São Paulo.
Baiana, Gracias vive em São Paulo há 30 anos, trabalhando com técnicas de massagem e terapias corporais. Ela idealizou o projeto para poder ampliar sua atuação e, para poder realizá-lo, graduou-se e comprou o ônibus.
“Tirei habilitação profissional de motorista classe D, mas contratei um motorista. Não é nada fácil dirigir um ônibus”, comenta Gracias.
“A fisioterapia é essencial para a recuperação de vários problemas de saúde, desde o AVC até traumatismos originários de acidentes ou mesmo de um tiro”, destaca. Segundo ela, são vários os motivos para a dificuldade de acesso da população a estes tratamentos. Além da falta de divulgação dos benefícios da fisioterapia, faltam clínicas nos bairros periféricos, sendo que em algumas regiões as clínicas são inexistentes, além do fato de existirem muitos profissionais dispostos a trabalhar sem encontrar locais.
Gracias constatou que um grande número de pacientes com dores na coluna, articulações, tendões e musculatura estavam acima do peso ideal. Por esta razão, resolveu incorporar mais uma integrante na equipe: a nutricionista Andrea Mariana Teixeira, especialista em saúde pública e nutrição clínica. Nos casos em que a obesidade desencadeou as dores, a dupla – sessões de fisioterapia e orientação nutricional- mostrou-se indispensável.
Coordenador de Webdesign e TI do Portal Terceira Idade, Jornalista e Publicitário (API, Assoc. Paulista de Imprensa: Reg. 2150) (clique aqui para falar com o colunista)