O Brasil sempre foi elogiado e reconhecido por ser um país que recebe, sem discriminação, imigrantes do mundo inteiro. Andamos pelas ruas e facilmente encontramos italianos, japoneses, árabes, portugueses… Sentimo-nos como se estivéssemos na famosa “Torre de Babel”.
Porém, a teoria na prática é outra! Quantas vezes você já ouviu ou falou frases do tipo: “Puxa o ‘japa’, meu vizinho, é um chato”, ou “Aquele ‘branquela’ é um arrogante”, além de piadinhas sacanas como: “Quando é que o negro vai à escola?”, ou “O português atendeu o celular e disse que estava no motel…”
No início, é tudo brincadeirinha, depois vira um hábito, uma atitude constante e, num piscar de olhos, você se torna um discriminado ou um discriminador.
Neste momento, o Brasil passa por um momento muito importante, no que tange não só à etnia, mas à opção sexual. A questão de ser ou não ser gay, lésbica, bissexual, ou seja qual for a escolha do ser humano, ainda é uma questão que gera muita polêmica e também discriminação.
Mesmo tendo sido aprovado pelo Superior Tribunal Federal, o casamento entre pessoas do mesmo sexo, além do direito à pensão, herança, previdência e comunhão de bens, ainda assim estamos muito longe da aprovação e aceitação de nossa sociedade quanto a este fato!
Muitos religiosos e mesmo cidadãos comuns se revoltaram, dizendo que isso é uma afronta à moral da sociedade e da família, ou que ser homossexual é doença ou “coisa do demônio”.
Estamos no século 21 e parece que a caça às bruxas da era medieval continua a mesma!
Por que não aceitamos ou não conseguimos conviver com pessoas que têm uma opção sexual diferente? Afinal de contas, essa opção não é contagiosa, não mata, nem explode bombas ou vicia como o crack e outras drogas! É uma opção a qual cada um de nós tem o direito de escolher.
Que bom poder comer pizza num dia, kibe no outro, sushi… Viva a diferença!
PS: Caso você não goste de alguma comida que citei acima, tudo bem, mas, por favor, não as discrimine!
Coordenadora Geral do Portal Terceira Idade, Pesquisadora do Envelhecimento, Pedagoga e Jornalista (API, Assoc. Paulista de Imprensa: Reg. 2152) (clique aqui para falar com a colunista)