A violência já faz parte do nosso cotidiano e, infelizmente, parece que se tornou um substantivo banal. Mais ainda quando falamos em campanhas, ou frases como o título desta coluna.
Eu mesma penso: “E como vou colocar isso em prática? Vou me reunir a um grupo? Tenho que sair nas ruas com cartazes e reunir centenas de pessoas?” Já fiz essas coisas e acho que são muito válidas, mas o que funciona mesmo é começar a agir no nosso dia a dia, na nossa casa, nosso trabalho, com nossos familiares e amigos.
E já que estamos falando em violência, ontem, 15 de junho, foi comemorado o Dia Mundial de Combate à Violência Contra a Pessoa Idosa. A data foi criada com o objetivo de despertar uma consciência mundial, social e política da existência da violência contra a pessoa idosa.
A violência, não só física como também a psicológica, acomete idosos de todas as faixas econômicas. Na maioria das vezes, a agressão vem de pessoas da própria família ou próximas a eles. O abandono nos asilos, a falta de carinho, a pressão psicológica e o descaso são formas de agressão que muitas vezes passam despercebidas.
Segundo pesquisas, o abuso é geralmente praticado por pessoas nas quais os idosos depositam mais confiança: familiares, vizinhos, cuidadores, funcionários de banco, médicos, advogados, etc.
No meu simples e mortal entendimento, abusar de uma pessoa idosa é uma atitude indesculpável e doentia. Por isso, é bom ficarmos alertas ao contratarmos um cuidador para nossos pais ou avós, prestarmos atenção quando os levamos a um hospital e temos que deixá-los sozinhos, enfim, cuidá-los com muito amor e carinho, 24 horas por dia!
Qualquer tipo de abuso contra outro ser humano que não possa se defender é uma covardia. Mas abusar de idosos e crianças é realmente uma vergonha!
PS: No Brasil, 65% dos idosos consideram maus-tratos a forma preconceituosa como são tratados pela sociedade em geral: as baixas aposentadorias, os desrespeitos que sofrem no transporte público, etc., etc…
Coordenadora Geral do Portal Terceira Idade, Pesquisadora do Envelhecimento, Pedagoga e Jornalista (API, Assoc. Paulista de Imprensa: Reg. 2152) (clique aqui para falar com a colunista)