Você sabia que festejar o Ano Novo é uma prática muito antiga? Os romanos foram os primeiros a marcar a data da comemoração no calendário. O Ano Novo era festejado de 25 de março até 1º de abril. Quem instituiu o dia 1º de janeiro como o primeiro dia do ano foi o Papa Gregório XIII. Mas, até hoje, nem todos os países festejam a virada do ano no dia 31 de dezembro.
A comunidade judaica segue um calendário lunar e festeja o novo ano, o Rosh Hashaná, durante dois dias do mês de Tishrê, que ocorre entre setembro e outubro do nosso calendário. Nesta data, é comemorado o aniversário de criação do homem e da mulher. Durante esses dois dias, as famílias se reúnem nas sinagogas para rezar e, em seguida, vão para casa jantar.
Já os islâmicos celebram o Ano Novo em meados de maio, no aniversário da Hégira – em árabe, “emigração”. Lá, o Ano Zero corresponde ao nosso ano de 622, quando o profeta Maomé deixou a cidade de Meca e se estabeleceu em Medina.
Confira, abaixo, como cada canto do planeta festeja o novo ciclo:
Brasil: mantivemos costumes e hábitos dos povos que passaram por aqui. Dos italianos, herdamos a tradição de comer lentilhas; dos portugueses, o bacalhau; e dos africanos, vestir roupas brancas e jogar flores para Iemanjá.
China: a comemoração acontece no 23º dia do último mês lunar, quando os chineses oferecem comida ao Deus da Cozinha para pedir prosperidade familiar. Cada ano é dedicado a um animal do signo chinês. Eles também colam nas portas e janelas das casas papéis vermelhos com dizeres de bom agouro em dourado. À meia noite, comem um bolinho chamado guioza. Em seguida, vem a queima de fogos, que atrai sorte e afasta as coisas negativas.
Japão: é a data mais importante no calendário. Eles costumam fazer uma cerimônia de limpeza na casa e pendurar uma corda de arroz na entrada para afastar os maus espíritos. Na véspera, as famílias se reúnem para comer sobá – macarrão de trigo sarraceno –, pois acreditam que o alimenta ajuda a atrair fortuna. Na noite de 31 de dezembro, os japoneses vão ao templo para a cerimônia das 108 badaladas. De acordo com a crença budista, o tocar do sino serve para afastar os pecados e purificar as pessoas.
Índia: é costume atirar objetos que representam impurezas e doenças na fogueira e fazer queima de fogos nas ruas.
Itália: o novo ano é recebido com fogos de artifícios, para que todos fiquem acordados – acredita-se que os que dormem na virada do ano dormirão todo o ano. Em várias partes do país, dois pratos são considerados essenciais: o pé de porco e a lentilha.
França: foi este país que batizou a data com o nome de Réveillon, que é uma grande festa entre amigos, com boa comida e bebida. À meia noite, é costume todos se beijarem e tomarem muita champanhe.
Grécia: eles fazem um bolo com os mesmos ingredientes do panetone e colocam uma moeda de ouro dentro dele. Na virada do ano, o bolo é cortado entre todos os participantes da festa, e quem ganhar a moeda terá muita sorte durante o próximo ciclo.
Espanha: a comemoração começa no dia 28 de dezembro e vai até o Dia de Reis (6 de janeiro), quando são feitas as cavalgadas e é preparada a rosca de reis. Dentro dessa rosca são colocados brinquedos para as crianças. Exatamente à meia-noite, as pessoas comem doze uvas, uma a cada badalada do relógio da Puerta del Sol, localizada em Madrid.
Estados Unidos: a festa mais famosa do país acontece em Nova Iorque, na Times Square – cruzamento de duas grandes avenidas da cidade –, onde as pessoas se encontram para beber, dançar, correr e gritar. Durante a contagem regressiva, uma grande maçã vai descendo no meio da praça e explode à meia-noite, jogando balas e bombons para todos os lados.
O mais importante de tudo isso é que, independentemente da data estabelecida ou dos costumes de cada país ou religião, todos nós celebramos a chegada de mais um ano em nossas vidas e na vida de nosso planeta Terra!
O Portal Terceira Idade deseja a todos um Feliz Ano Novo, cheio de luz, paz e harmonia!
Jornalista pela Unimar (Universidade de Marília) e autora do livro ‘Vivendo’ (clique aqui para falar com a colunista)