Todos os anos, algo entre 60 milhões e 1 bilhão de borboletas monarcas (Danaus plexippus) migra de Ontário (Canadá) para Michoacán (México). Uma jornada de 3.500 km, que dura até dois meses. Podem ser necessárias quatro gerações para chegar ao destino final.
As monarcas deixam o Canadá no outono do hemisfério Norte, quando o frio aperta. Partem atrás de temperaturas mais estáveis, que não caiam abaixo de 0°C, no planalto central do México. Para recebê-las, e aos milhares de turistas que atraem, existe a Reserva da Biosfera Borboleta Monarca (“mariposa monarca”, em espanhol).
Na primavera, elas fazem a viagem de volta. Alguns desses insetos, que pesam 1 g, foram rastreados. Descobriu-se que vários retornam para as mesmas árvores de que haviam partido seus antepassados.
Essa pequena maravilha da natureza serviu de mote para um bom romance sobre a mudança global do clima: “Flight Behavior” (comportamento de fuga, ou de voo), da americana Barbara Kingsolver.
Como tantas migrações periódicas (pássaros, baleias, tartarugas marinhas), a das monarcas intriga os humanos. Como é possível que seres tão menos aparelhados do que nós consigam ser tão precisos, tendo apenas o instinto por guia?
Faço uma outra pergunta: como é possível que nós, seres humanos tão avançados tecnologicamente e com tantos estudos filosóficos sobre nós mesmos, não consigamos usar nosso mero instinto básico para vivermos em paz e harmonia?
Guerras, fome, armas químicas, crimes hediondos, mentiras, poder, etc, etc… Que bom que as borboletas não “evoluíram” como nós!
Tenho visto tantas coisas que ultrapassam o limite da razão de qualquer ser humano “dito normal” nas mídias, que achei mais saudável e interessante escrever sobre esta pacífica e inteligente comunidade de borboletas!
PS 1: Qual é o instinto que nos guia?
PS 2: O que te faz feliz?…
Coordenadora Geral do Portal Terceira Idade, Pesquisadora do Envelhecimento, Pedagoga e Jornalista (API, Assoc. Paulista de Imprensa: Reg. 2152) (clique aqui para falar com a colunista)