Por mera curiosidade, fui verificar no dicionário o significado da palavra “macho” e, para meu espanto, encontrei a seguinte definição: “Do sexo masculino, forte, vigoroso, valente, másculo e viril”.
Aí pensei: “Será que todo ser masculino tem que ter essas qualidades? Isso significa que um homem não pode ser frágil, ter medos, talvez não ser tão viril – o que é muito relativo –, ou até mesmo ser mais sensível que muitas mulheres?”
Então pensei mais um pouco: “As mulheres vivem reclamando que os homens são machões, machistas, grosseiros, chatos… Mas, e na hora de dividir a conta do restaurante ou trocar um pneu furado numa noite fria e chuvosa, elas topariam? Ou até numa briguinha de namorados, elas achariam normal enxugar as lagrimas deles?”
Eu não estou defendendo de maneira alguma o machismo ou os machistas, mas, sim, tentando abrir um espaço para questionarmos a razão deste estereótipo masculino. É bem provável que as próprias mulheres (mães, avós e namoradas) tenham contribuindo para a formação do “macho”.
Acredito que agora, mais do que nunca, após a euforia do feminismo, a descoberta da pílula, a inserção no mercado de trabalho, além do acesso a todo tipo de informação, é a hora de ambos os sexos reavaliarem seus valores e suas posturas.
Que tal você, “macho”, experimentar fazer um belo jantar, lavar a louça e ela tentar consertar o chuveiro ou trocar um pneuzinho?
PS 1: É só tomar cuidado para que nós, mulheres, não fiquemos com o estereótipo do “macho que cospe e coça o…”
PS 2: Também é bom os homens ficarem espertos para não saírem por aí de “salto sete”, cheios de fricotes e decotes…
PS 3: Mulheres no poder, prefeitas, presidentas, muito bom! Mas de nada adianta se elas virarem “o avesso do avesso”…
Coordenadora Geral do Portal Terceira Idade, Pesquisadora do Envelhecimento, Pedagoga e Jornalista (API, Assoc. Paulista de Imprensa: Reg. 2152) (clique aqui para falar com a colunista)