Em termos de expectativa de vida, ainda estamos longe de países como o Japão, onde sua população alcança 82,6 anos. Canadá, Coréia do Sul e Reino Unido também figuram no topo da lista com 80,9, 80,8 e 80,7, respectivamente*. Mas a expectativa de vida do brasileiro está crescendo.
Dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no último dia 2 de dezembro mostram que expectativa de vida subiu para 74,6 anos no Brasil, para ambos os sexos.
Em um intervalo de dez anos (de 2002 a 2012), a expectativa de vida do brasileiro cresceu 3,6 anos – em 2002, o valor projetado era de 71 anos. Comparando os dados com números de 1980, o brasileiro teve um ganho médio de 12,1 anos já que, à época, a esperança de vida era de 62,5 anos.
“Os índices de mortalidade da população brasileira ainda são distantes de países mais desenvolvidos. A expectativa é que, com programas governamentais e não governamentais de melhoria do saneamento, transferência de renda e acesso a medicamentos, a mortalidade continue a cair”, afirma Fernando Albuquerque, pesquisador do IBGE.
Segundo o levantamento, para a população masculina, o aumento, em relação a 2011, foi de quatro meses e dez dias, passando de 70,6 anos para 71. Já para as mulheres, o ganho foi maior: em 2011, a esperança de vida ao nascer delas era de 77,7 anos, elevando-se para 78,3 anos em 2012, um aumento de seis meses e 25 dias.
O valor também varia de acordo com a idade do brasileiro. Para um brasileiro de 40 anos, por exemplo, a estimativa é que ele viva até os 78,3 anos. Já para pessoas acima de 80 anos, a expectativa é de que vivam mais 9,1 anos.
Impacto nas aposentadorias
Mesmo que ligeiro, o aumento da esperança de vida afeta o bolso dos brasileiros. Quando a expectativa de vida aumenta, maior é o desconto do fator previdenciário nas aposentadorias, ou seja, menor é o valor do benefício, uma vez que estes números são usados pelo Ministério da Previdência Social como um dos parâmetros para o cálculo do fator.
Coordenadora de redação e interatividade do Portal Terceira Idade (clique aqui para falar com a colunista)