Em 2001, El Salvador, um pequeno país da América Central, sofreu dois grandes terremotos em um intervalo de apenas 30 dias. O primeiro, em 13 de janeiro, marcou 7.7º na escala Richter. O segundo, no dia 13 de fevereiro, chegou a 6.6º.
A tragédia fez mais de mil e duzentas vítimas e milhares de casas destruídas, entre elas, a de Mará Ponce, uma senhora salvadorenha de 78 anos, habitante de San Miguel, distante 125 km de San Salvador, capital do país.
Mesmo sendo analfabeta e vivendo em condições financeiramente ruins, a senhora cheia de disposição conciliou sua engenhosidade e talentos artísticos natos para construir e decorar sua nova casa com as próprias mãos.
O curioso é que a casa foi construída quase inteiramente com garrafas PET – embalagens plásticas utilizadas no engarrafamento de bebidas.
Acordando cedo todos os dias, a senhora, cheia de disposição, conseguiu recolher a quantidade de garrafas PET suficiente para a construção de sua nova casa em cerca de um mês e meio. Depois de recolhidas, as garrafas foram amarradas com varas de bambu fino enterradas no chão e, a partir disso, foram erguidas as paredes. A construção durou 3 meses.
Na cobertura, Mará usou uma superfície de zinco para impermeabilizá-la. O piso da casa é revestido por milhares de tampas de plástico pintadas, enquanto flores de cimento e vasos feitos de barro aparecem espalhados pelos cantos do ambiente colorido.
“Deus, um dia, em um sonho revelou-me como eu teria que fazer a minha casa. Eu contei aos meus vizinhos e minha família e eles me disseram que eu era louca. Hoje, todos querem construir uma igual”, disse Dona Mará, com um sorriso estampado no rosto e com um forte sentimento de orgulho de sua casa humilde e com decoração incomum de apenas dez metros quadrados.
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