Uma pesquisa realizada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e pela USP (Universidade de São Paulo) revelou dados alarmantes: o número de mortes causadas por homicídios vitimou mais de 5.705 paulistanos, contra 1.368 mortos por Aids.
Claro que esse aumento absurdo da violência em todo o Brasil se deve a vários fatores que já estamos cansados de conhecer, tais como: desemprego, fome, falta de escolas, moradia e, principalmente, a falta de uma perspectiva futura para os cidadãos brasileiros. Mas existe aí uma causa a mais, quase sempre presente em toda essa “epidemia de homicídios”, o tráfico de drogas.
Infelizmente, o maior número de traficantes e usuários de drogas está entre os adolescentes e até crianças, na sua maioria, vindas da periferia e das favelas, afinal eles são o alvo mais fácil de ser atingido, pois, com a completa falta de direitos à escola, lazer e trabalho, esses jovens acabam encontrando no tráfico um sonho de poder consumir e existir. Obviamente, acabam se viciando e, daí pra frente, matando e morrendo dentro desse círculo vicioso.
Além do combate às drogas, é importante combater o vício de uma sociedade que usa e abusa dos miseráveis para enriquecer, afinal de contas, os jovens traficantes são apenas a ponta final de um grande iceberg.
Chego à conclusão de que o ser humano possui “in natura”, um “DNA corrompido”, ou seja, por mais que todos nós saibamos distinguir entre o que é bom e o que não é, a maioria das pessoas e, em especial, as que têm acesso à informação, educação e poder de decisão em vários níveis da sociedade, acabam por usá-lo de maneira abusiva e injusta.
Criar leis que penalizem adolescentes na sua fase mais delicada, aumentar o número de policiais nas ruas, utilizar de violência, nada disso vai adiantar se não dermos um “boot“ e “reiniciarmos nosso DNA”.
PS 1: A vida imita a arte ou a arte imita a vida?
PS 2: A Copa acabou…
Coordenadora Geral do Portal Terceira Idade, Pesquisadora do Envelhecimento, Pedagoga e Jornalista (API, Assoc. Paulista de Imprensa: Reg. 2152) (clique aqui para falar com a colunista)