O americano David Livingstone Smith, diretor do Instituto de Ciência Cognitiva e Psicologia Evolutiva da Universidade de New England (EUA), tenta esclarecer por que mentimos…
“A mentira está por toda parte. Ela é normal. Todos mentimos e quem diz o contrário mente. Temos dificuldade em nos reconhecer como mentirosos porque há um julgamento moral contrário. Mentimos para obter vantagens e para nos proteger de algo, o que significa que estamos, de certa forma, passando a perna em alguém.”
Bem, partindo dessa premissa, talvez fique mais fácil entender por que vivemos em uma sociedade tão complicada e cruel.
Mas, voltando à vida prática, me surpreende que só agora tenham sido publicados dados reais sobre a falta de água em São Paulo e em tantos outros estados e municípios do Brasil. De início, a única culpada era a falta de chuva… E eu sempre me perguntando: “Vivemos no século 21. Será que ainda dependemos da ‘dança da chuva’?”
Finalmente, apareceram os outros vilões! Em meio a uma das mais graves crises de abastecimento no Brasil, um relatório do governo federal mostra que 37% da água tratada para consumo é perdida antes de chegar às torneiras da população.Essa água potável é desperdiçada principalmente devido às falhas das tubulações. Além disso, também há perdas com fraudes e ligações clandestinas no caminho.
Em 2008, 41,1% da água captada e tratada era perdida. O índice mais recente, de 37%, ainda é muito alto em relação ao de países desenvolvidos – em cidades alemãs, por exemplo, ele é próximo de 7%. O volume de água perdida somente na Grande São Paulo – considerando a captação em todas as represas – é semelhante à produção atual do sistema Cantareira, que abastece 6,5 milhões de moradores.
Especialistas afirmam que, sem esse nível de perdas, muitas represas do país não estariam sofrendo com a atual estiagem.
E agora que nos contaram algumas verdades… fazemos o quê?
PS 1: Vale a pena assistir ao filme – hilário – com Jim Carrey: ‘O mentiroso’!
PS 2: Qual é o segredo?
Coordenadora Geral do Portal Terceira Idade, Pesquisadora do Envelhecimento, Pedagoga e Jornalista (API, Assoc. Paulista de Imprensa: Reg. 2152) (clique aqui para falar com a colunista)