Quem não gosta de lingeries? Comprar um sutiã novo com alça, sem alça, de bojo, mais confortável, uma calcinha cheia de rendinhas, escolher cores diferentes, enfim, estas peças íntimas fazem parte da vida das mulheres. E dos homens também!
O que me levou a lembrar destes, literalmente, pequenos acessórios do guarda-roupa feminino foi um documentário que vi há poucos dias na TV. Logo de cara, gostei do enfoque “A história da Lingerie”.
No início, tudo estava muito bem, mulheres francesas gostam de usar peças mais sofisticadas, as japonesas gostam mais de sutiãs com desenhos de bichinhos, as russas, peças mais sexy e extravagantes. De repente, começaram as perguntas sobre o porquê do gosto de cada uma delas. Aí, ouvi respostas politicamente incorretas, porém, infelizmente, verdadeiras… As russas diziam que os homens de seu país são muito grossos, bebem e batem nas mulheres e, por isso, elas usavam a lingerie como um dos mais importantes artifícios para seduzir homens que fossem bons para casar.
Já as japonesas relataram que, lá, os homens gostam de mulheres infantilizadas e que possam ser dominadas, daí a busca por peças bem “baby”. Ufa, de repente me vi triste e irritada com o que eu estava ouvindo. Será que voltamos no tempo? Cadê a independência feminina, a busca pelos direitos da mulher, a denúncia de abusos e maus-tratos por parte dos maridos e companheiros?
Nas décadas de 1960 e 1970, surgiram os movimentos feministas, foi criada a pílula e mulheres começaram a ocupar cargos importantes em nossa sociedade. E, agora, como fica tudo isso? Cabe a nós mesmas impor limites e respeito. Do jeito que as próprias mulheres estão se mostrando, com e sem roupa, não há santo que as respeite!
Ah, nas Arábias, as mulheres dos xeiques vão comprar lingeries tipo “mulher objeto”, mas sem tirar a burca! Quanta hipocrisia e machismo às avessas…
PS. Por onde anda a Mulher Pera?
Coordenadora Geral do Portal Terceira Idade, Pesquisadora do Envelhecimento, Pedagoga e Jornalista (API, Assoc. Paulista de Imprensa: Reg. 2152) (clique aqui para falar com a colunista)