O último minuto do mês de junho de 2015 durará 61 segundos. Um fenômeno que se explica especialmente pelo fato de a rotação irregular da Terra ser muito mais indisciplinada do que os relógios atômicos.
Em todos os países do mundo, na madrugada de 30 de junho para 1 de julho, de acordo com o Tempo Universal Coordenado (UTC), o minuto entre 23h59 e 00h00 durará um segundo a mais que o normal.
As pessoas não notarão a diferença, no entanto, “os grandes sistemas de navegação por satélite e os principais sistemas de sincronização de redes de computadores devem levar em conta esta alteração, correndo o risco de ‘erros’”, explicou Daniel Gambis, diretor do Serviço de Rotação da Terra, cujo serviço é baseado em um observatório de Paris. “A Terra gira de maneira lunática, enquanto os relógios atômicos são dramáticos”, afirmou o astrônomo.
Com certeza, no mundo científico e astronômico este segundo a mais vai dar uma diferença! A longo prazo, o nosso planeta tem uma tendência a se desacelerar pela atração gravitacional entre a Lua e o Sol, responsável pelas marés. Também depende de movimentos atmosféricos, variações dos gelos e forças como os terremotos.
E no nosso mundo cotidiano, quantos segundos, minutos, horas, dia e anos fazem a diferença em nossas vidas? Quanto tempo realmente utilizamos para viver e conviver em paz e harmonia e quanto tempo gastamos fazendo guerras, intrigas, armando situações nas quais uns levam todas as vantagens e os outros ficam à míngua?
Realmente, um segundo pode fazer toda a diferença! Você, eu e todos nós podemos matar ou salvar milhões de semelhantes em apenas um segundo. Por que será que cientistas, astrônomos, físicos e outros doutores se preocupam tanto com este segundo a mais em nossos relógios e computadores e esquecem-se de lembrar como a vida é tênue e frágil?
PS 1: Vamos aproveitar bem o dia mais longo do ano!
PS 2: Tempo, tempo, tempo, tempo…
Coordenadora Geral do Portal Terceira Idade, Pesquisadora do Envelhecimento, Pedagoga e Jornalista (API, Assoc. Paulista de Imprensa: Reg. 2152) (clique aqui para falar com a colunista)