Cinco dias por semana, idosos e crianças da cidade de Seattle, no estado de Washington (EUA), se reúnem para participar de atividades comuns à pré-escola: pintar, dançar, ir ao parquinho ou contar estórias.
O Providence Mount St.Vincent, lar de mais de 400 idosos, é palco de um projeto inovador chamado Intergeracional Learning Center, que, de tão interessante, já ganhou até um filme para ser apresentado ao mundo como modelo de aprendizado. “O presente perfeito”, documentário realizado por Evan Briggs, professora na Universidade de Seattle, mostra a interação entre crianças da primeira infância e idosos, unindo dois extremos: o conhecimento e a paciência com a vontade de aprender.
Segundo Briggs, os idosos que residem no asilo passaram por uma transformação significativa assim que o projeto começou a funcionar. “Momentos antes das crianças chegarem, muitas vezes, eles estão apáticos, às vezes dormindo. Era uma cena deprimente. Assim que as crianças entram para fazer arte, música ou qualquer que seja o projeto no dia, os idosos se animam”, relata.
A paciência é uma virtude, e o amor, uma dádiva
Assistindo ao vídeo (veja acima), podemos comprovar que, em um mundo onde a idolatria ao jovem, belo e ágil é predominante, não se deve esquecer que a idade passa para todos nós, e que fazer “vista grossa” ao fato é endossar a ideia de que o maduro é via de regra, não funcional.
Mais uma vez as crianças – com sua aparente falta de experiência – nos ensinam uma valiosa lição de altruísmo e amor ao próximo, independentemente de suas limitações.
Coordenadora Geral do Portal Terceira Idade, Pesquisadora do Envelhecimento, Pedagoga e Jornalista (API, Assoc. Paulista de Imprensa: Reg. 2152) (clique aqui para falar com a colunista)