O salário mínimo existe desde 1940. Em Dezembro daquele ano valia cerca de R$ 900,00 em valores do mês de dezembro de 2005, ou seja, o poder de compra do mínimo era duas vezes maior quando foi instituído, perdendo valor sistematicamente até 1950.
Nas décadas de 50 e 60 o mínimo recuperou todo o seu poder de compra chegando até a ser maior do que quando foi instituído, em termos reais. Voltou então a perder valor de forma sistemática desde a década de 70 até os anos 90. Somente em meados dos anos 90 é que o mínimo pára de perder poder de compra, porém com a implantação do Plano Real em 1996, o mínimo chegou a perder poder de compra novamente. Mas, excluído este ano a tendência foi de recuperação, ainda que muita lenta.
O reajuste anunciado pelo governo federal dia 23 de Janeiro de 2006 – terça – feira de R$ 350,00 beneficiará 13 milhões de aposentados e pensionistas que ganham até um salário mínimo. Outros 2,7 milhões de brasileiros que recebem benefícios assistenciais também terão direito ao aumento, assim bem como o pagamento de outros benefícios atrelados ao salário mínimo, como seguro-desemprego e o abono salarial do PIS/PASEP (conhecido como o 14º salário).
Com aumento real do piso salarial, os aposentados e pensionistas que recebem mais de um salário mínimo começarão a pressionar o governo por reajustes equivalentes, pois nos últimos anos, tanto o governo Lula quanto o seu antecessor Fernando Henrique, reajustaram os benefícios acima do mínimo apenas pela inflação havendo assim um aumento real de 2,2% e para 2006 o reajuste será de 5% e deverá ser concedido somente em junho e para quem recebe um salário será de 16.66%.
Coordenadora Geral do Portal Terceira Idade, Pesquisadora do Envelhecimento, Pedagoga e Jornalista (API, Assoc. Paulista de Imprensa: Reg. 2152) (clique aqui para falar com a colunista)