Uma pesquisa realizada pela STM (Secretaria dos Transportes Metropolitanos) possibilitou a criação do “Embarque Preferencial” no Metrô de São Paulo, que passou a vigorar a partir do dia 30 de novembro passado.
A pesquisa destacou reclamações há muito existentes feitas por usuários idosos, mulheres grávidas, mulheres com crianças de colo (com até 5 anos) e pessoas com mobilidade reduzida sobre a lotação dos trens nos horários de pico.
Uma sinalização específica será criada, mas não haverá nenhum instrumento, como grades, para impedir que outras pessoas entrem no vagão. Os idosos, cadeirantes e mulheres grávidas não serão impedidos de entrar em outros vagões, se quiserem. O Metrô diz que está fazendo uma campanha de conscientização junto aos usuários.
O controle do fluxo é realizado de segunda à sexta, das 6h às 9h da manhã e das 16h às 19h, horários do pico, e é realizada por agentes de estação e de segurança, que utilizam megafones para reforçar a organização dos embarques preferenciais, segundo a assessoria de imprensa do Metrô.
As mudanças acontecem em cinco pontos da rede, nas estações Corinthians-Itaquera, Palmeiras-Barra Funda, Sé, Luz e Paraíso. Em duas das quatro portas do primeiro vagão, o acesso será exclusivo para este público. Os demais usuários terão acesso livre nas demais 51 estações. A iniciativa será estendida gradativamente para outras estações.
“É preciso evitar a superlotação do vagão no novo esquema, já que, em outras estações, o embarque de mais passageiros será permitido. A medida é boa, mas é importante que haja respeito e vasta divulgação”, afirma Maria Elisa Munhol, presidente da Comissão de Defesa dos Direitos do Idoso da OAB-SP.
“Aprovo a idéia, mas além do embarque exclusivo, é preciso que se crie um espaço isolado dentro do vagão do Metrô para deficientes físicos e idosos. No horário de pico, os cadeirantes são praticamente esmagados”, destaca Mara Gabrilli, vereadora do PSDB.
Advogada e Consultora de Direitos da Terceira Idade (clique aqui para falar com a colunista)