“A gente para de estudar para trabalhar, e não consegue mais voltar a estudar”, diz Mariane Dias da Silva, 19 anos, que largou a 8a série com 15 anos para ajudar a sustentar a casa.
Conforme estudos da Fundação Seade, existem mais de 2 milhões de jovens entre 18 e 24 anos que estão fora da escola, só no estado de São Paulo. Infelizmente, existe uma legião de adolescentes que são forçados a trabalhar apenas para sobreviver, ou seja: comer, dormir, acordar e trabalhar.
Porém, vivemos na era do computador, das viagens espaciais, da clonagem, robôs inteligentes… Afinal que mundo é esse? Um mundo cada vez mais dividido entre seres braçais e seres intelectuais.
Acabou de chegar aqui em Marília o Programa ProJovem Trabalhador, para formação profissional gratuita de 3 mil jovens. Porém, a maior “programação cultural” que tenho visto por aqui tem sido “Em cartaz: Breve, abertura de mais um Supermercado…”
Com certeza, estes empreendimentos já geraram muitos empregos para a população local. Mas será que o Mariliense quer só comida? Cultura, arte e lazer também são alimentos para a vida.
PS 1: Será que vamos ter uma eterna legião de jovens, adultos e, futuramente, idosos, que nunca terão ido a um teatro ou, lido um livro sem ser profissionalizante?
PS 2: Vale a pena assistir a palestra “Dificuldades e sofrimentos”, acompanhada de um coral maravilhoso de crianças: dia 27/02, sábado, 20h, no Lar de Meninas Amélie Boudet.
Coordenadora Geral do Portal Terceira Idade, Pesquisadora do Envelhecimento, Pedagoga e Jornalista (API, Assoc. Paulista de Imprensa: Reg. 2152) (clique aqui para falar com a colunista)