Quem tem mais de 50 anos provavelmente se lembra do desenho animado dos Jetsons ou do seriado Perdidos no Espaço, ambos dos anos 60. Neles, os robôs, que eram considerados como membros da família, é que faziam os serviços domésticos.
Bem, com certeza, essa possibilidade parecia apenas um sonho de consumo e comodidade para todos. Mas, como a realidade imita a arte e vice-versa, eis que o sonho se tornou real.
A Universidade Chiao Tung, de Taiwan, anunciou o desenvolvimento de um robô capaz de reconhecer o seu dono e oferecer serviços segundo seus gestos, circunstâncias que permitem seu uso no cuidado de idosos e no serviço doméstico.
O robô, denominado “Primeira Visão”, é produto de 13 tecnologias desenvolvidas por um grupo de pesquisadores da universidade.
“O sistema de visão digital do robô permite que ele se lembre de seu dono, reconheça seus gestos e situação física e reaja adequadamente”, afirmou Tsai Wen-hiang, reitor da Universidade Ásia e participante no projeto.
Após uma fase de treino, o robô pode responder a gestos como o pedido de remédios, comida ou auxílio, o que o transforma em uma ferramenta útil para o cuidado de idosos.
Os novos “cérebros mecânicos” desenvolvidos em Taiwan também distinguem os membros de uma família de estranhos e podem ser utilizados como vigilantes, com capacidade para avisar a Polícia e seguir os intrusos que penetrarem em uma residência. “Estão programados para se defender e se manterem afastados dos intrusos”, esclareceu Tsai.
A robótica está adquirindo um grande desenvolvimento nas investigações acadêmicas taiwanesas, onde já se elaboraram outros tipos de robôs. Alunos e professores do Departamento de Engenharia Elétrica de Tamkang desenvolveram robôs capazes de jogar futebol com os quais ganharam vários prêmios internacionais, incluindo o da Federação Internacional de Robótica.
“A experiência taiwanesa na produção comercial em grandes quantidades será, sem dúvida, de grande ajuda para diminuir os altos custos na fabricação de robôs, o que pode significar um impulso para o setor”, apontou o diretor de Robótica em Tamkang, Wong Ching-chang.
As investigações atuais deste ramo científico se centram na inteligência artificial, na visão artificial e na robótica autônoma. A robótica procura construir “artefatos” semelhantes aos seres humanos para realizar trabalhos rotineiros, mas os resultados até o momento são limitados.
Não se preocupe. Um robô, nunca vai substituir um ser humano, cheio de amor e carinho. Mas que vai dar uma força no “serviço pesado”, não resta dúvidas!
Coordenador de Webdesign e TI do Portal Terceira Idade, Jornalista e Publicitário (API, Assoc. Paulista de Imprensa: Reg. 2150) (clique aqui para falar com o colunista)