Carros alegóricos e temáticos, com bonecos em tamanho real, trio elétrico, caixas de som imensas tocando samba enredo… Vi e ouvi todo este estardalhaço nas ruas e pensei: “Será que é um ensaio carnavalesco?”
Olhando com mais atenção, vi que eram candidatos políticos fazendo suas campanhas. Não me lembro de tanta apelação nas eleições anteriores. Como já havia escrito anteriormente, estamos na época do “vale tudo” para eles ganharem o nosso voto. Escândalos aparecem todos os dias, a televisão anuncia a alta e a baixa dos candidatos como se fosse a bolsa de valores, tudo muda a cada minuto.
Ontem, assisti ao último debate com os candidatos ao governo do estado de São Paulo. Pareciam adolescentes querendo provar que um era melhor que o outro, cheios de birras pessoais, caras e caretas. Mas parece que esqueceram só uma coisinha… Falar claramente de como vão colocar em prática seus planos de governo, se é que eles têm algum.
Sei que acabo me repetindo na questão da falta de conteúdo, ética e um plano de governo por parte de todos os candidatos que estão aí, mas, quanto mais nos aproximamos da data da eleição, mais carnavalesco ficam o nosso horário político e as campanhas nas ruas. O que fazer? Votar em branco, anular o voto, votar no candidato que “rouba, mas faz”?
Bem, “cada cabeça uma sentença”. Talvez a questão maior nesta altura do campeonato seja tentar fazer uma composição de candidatos, independente de seus partidos, pensando realmente na equação que dê o melhor resultado para nós, meros cidadãos.
Estou me sentindo como quando acordo mais tarde e acabo pegando o fim da feira, tenho que ficar garimpando e torcendo para achar um limão, uma cebola ou uma laranja que não esteja podre, passada ou muito verde. Agora, resta torcer para que na próxima vez eu acorde mais cedo e possa escolher a vontade o que eu realmente achar que é bom!
PS: Vamos ver que samba vai dar… Vote consciente!
Coordenadora Geral do Portal Terceira Idade, Pesquisadora do Envelhecimento, Pedagoga e Jornalista (API, Assoc. Paulista de Imprensa: Reg. 2152) (clique aqui para falar com a colunista)