Algumas pessoas lembram, outras talvez não tiveram a maravilhosa experiência da época em que “brincar na avenida” significava apenas ficar andando e dançando, soltando confete e serpentina com uma máscara de pirata no rosto, ao som das doces marchinhas de carnaval, em completa confraternização.
Ninguém fazia mal a ninguém (não havia o medo que temos hoje de ladrões e trombadinhas). O “maior perigo” era os “engraçadinhos” que usavam lança-perfume (até que fossem proibidos, pois muitos usavam líquidos tóxicos em vez de água).
Quando chegava a noite, meu pai me puxava para a calçada (naquela época eu tinha 5 ou 6 anos) para dar lugar aos rapazes da prefeitura que começavam a isolar a avenida com cordões.
Era chegada a hora das Escolas de Samba entrar na avenida. Ficávamos deslumbrados, admirando o desfile com os fantásticos carros alegóricos e as maravilhosas fantasias.
Que diferença entre o Carnaval do século 21 e o dos anos 70…
O Carnaval dos nossos filhos e netos, hoje, se resume a acompanhar os desfiles pela TV, ir à bailes carnavalescos em clubes fechados ou, o que a maioria acaba fazendo, “fugir do carnaval” e ir à praia mais próxima…
É uma pena que, hoje, a folia não seja mais pular (literalmente) o carnaval com os amigos e familiares, ao som daquelas deliciosas marchinhas, esperando ansiosamente pela votação do Rei Momo do ano.
Deixo aqui os meus parabéns às marchinhas que foram e continuam sendo cantadas até hoje, tais como: ‘Máscara Negra’ , ‘Mamãe Eu Quero’, ‘Bandeira Branca’, entre outras. Lembrando que o Brasil já teve um Carnaval que não era “só pra inglês ver”
Coordenadora Geral do Portal Terceira Idade, Pesquisadora do Envelhecimento, Pedagoga e Jornalista (API, Assoc. Paulista de Imprensa: Reg. 2152) (clique aqui para falar com a colunista)