Alguém se lembra que o ano de 2010 começou sacudindo o planeta? Nos primeiros dezenove dias do ano, ocorreram terremotos no Haiti, Argentina, Papua, Nova Guiné, Irã, Guatemala, El Salvador e no Chile. Pois bem, estamos no início de 2011 e parece que estamos tendo um “‘dejavu”, igual ou pior do que o ocorrido no ano passado.
O Japão acaba de sofrer um dos piores desastres de sua história: um grande tsunami, acompanhado de terremotos e, como consequência, a explosão de uma grande usina nuclear local. Já foram contabilizados, oficialmente, mais de três mil mortos e aproximadamente 800 desaparecidos, além das consequências geradas pela radioatividade dos vazamentos radioativos, que ainda não podem ser exatamente calculadas.
De acordo com geólogos em várias partes do mundo, a Terra ficou mais ativa sismicamente nos últimos anos. Terremotos têm demonstrado sua força há séculos. Em 1755, um terremoto destruiu quase completamente a cidade de Lisboa. O sismo foi seguido de um tsunami. No século passado, em 1964, aconteceu o maior terremoto do mundo, no Alasca.
O deslocamento ou acomodação de grandes massas de rochas do planeta (placas tectônicas), mesmo que sejam de ordem milimétrica, pode ocasionar tsunamis e tremores de terra.
Não sou acadêmica da área ambiental, mas posso supor que, com todo o conhecimento científico que temos hoje, diferentemente do que tínhamos nos séculos passados, um dos grandes vilões de todas essas tragédias é a nossa ganância e estupidez, colocando sempre à frente os lucros gerados por usinas nucleares, petróleo, desmatamentos e, principalmente, a falta de investimento em energia limpa e prevenção de acidentes, que muitas vezes são possíveis com um mínimo de estrutura física, ambiental e humana.
PS: Não esqueçamos que, devido às enchentes no Brasil, já temos mais de 30 mil pessoas desabrigadas e centenas de mortos. Os governantes juram que o problema é que está chovendo demais… Será que nem São Pedro vai escapar a tanta hipocrisia?

Coordenadora Geral do Portal Terceira Idade, Pesquisadora do Envelhecimento, Pedagoga e Jornalista (API, Assoc. Paulista de Imprensa: Reg. 2152) (clique aqui para falar com a colunista)