Em todas as épocas de nossa história, tanto na cultura ocidental como na cultura oriental, vivemos numa sociedade governada pelo sexo masculino. Estando o homem no poder político, ele acabou levando esse poder “para a cama”. Assim, na relação sexual, prevaleceu o comando masculino.
Desde cedo, os homens sempre carregaram a imposição sócio-cultural de serem garanhões potentes e musculosos e as mulheres, por sua vez, de serem frágeis e submissas, tornando-se apenas objeto do prazer masculino.
Tanto os homens como as mulheres trazem consigo, consciente ou inconscientemente, os resquícios destes valores cruéis até os dias de hoje. As mulheres sempre sofreram, e ainda sofrem muito, com os conceitos (e preconceitos) de nossa sociedade machista. Penso seriamente se o mundo teria menos guerras e violência caso homens e mulheres já tivessem entendido suas diferenças, porém respeitando um ao outro como seres humanos iguais.
Mas será que os homens se sentem realmente bem nessa eterna posição de governantes e donos do mundo? Será possível que essa postura submissa das mulheres continue a mesma nos dias de hoje? Talvez a mudança de todo esse comportamento dependa mais da mulher do que do próprio homem.
Desde a primeira relação sexual, tanto os homens quanto as mulheres se sentem inseguros e confusos. Porém, se as mulheres buscarem conhecer melhor o seu corpo e as suas vontades e também ajudarem seus companheiros a se conhecer e compreender que o orgasmo masculino ou feminino é resultado da harmonia, do equilíbrio e do respeito de um para com o outro (além do tesão), com certeza o estereótipo banal e primitivo do “homem macho” poderia mudar e, assim, os valores de nossa sociedade também.
PS: Agora que temos uma presidenta no Brasil e também várias mulheres no governo de nosso país, vamos ver se isso faz alguma diferença… Ou será que as mulheres no poder, ou fora dele, estão ficando machistas às avessas?
Coordenadora Geral do Portal Terceira Idade, Pesquisadora do Envelhecimento, Pedagoga e Jornalista (API, Assoc. Paulista de Imprensa: Reg. 2152) (clique aqui para falar com a colunista)