Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que o público de mais de 60 anos irá representar 15% da população brasileira, ou seja, 32 milhões de pessoas, em 2025. Diversas empresas têm voltado sua ação para a criação de produtos específicos para idosos, tais como objetos de consumo pessoal, como calçados e vestuário, por exemplo, até o planejamento de automóveis com tecnologia para facilitar a direção de idosos.
Na área de habitação e urbanismo, uma empresa de construção civil, a Tecnisa, se mostra pioneira na construção de empreendimentos levando em conta as necessidades da terceira idade, criando o projeto “Construindo com Consciência Gerontológica”, que busca atender os anseios deste público.
Para montar o projeto, em 2008, a empresa começou a estudar as necessidades da terceira idade e levou em consideração requisitos para construção de moradias adequadas para qualquer fase da vida. O trabalho foi conduzido por um grupo multidisciplinar formado por professores da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), arquitetos, engenheiros, gerontólogos, terapeutas ocupacionais e assistentes sociais.
Como resultado, a partir de 2010, os novos empreendimentos da construtora terão áreas comuns de convivência, menos escadas, mais rampas, escadas submersas para facilitar o acesso às piscinas, fechaduras invertidas, pisos opacos e antiderrapantes, eliminação de cantos vivos, áreas de circulação e portas mais largas, entre outros detalhes. O primeiro empreendimento a incorporar as características da arquitetura inclusiva será lançado no segundo semestre de 2009, na Água Rasa, em São Paulo (SP).
Segundo a arquiteta Patrícia Valadares, gerente de Projetos da Tecnisa, atitudes que incluam o idoso representam uma quebra de paradigma e uma mudança de cultura na construção civil. “O estudo serviu para entendermos que um prédio pode incluir os idosos, ao mesmo tempo em que agrada pessoas de outras faixas etárias. São pequenos detalhes, mas que vão fazer toda a diferença para os idosos”, explica.
“Para os idosos, a moradia e o ambiente são particularmente importantes devido a fatores como a acessibilidade e a segurança. É fato reconhecido que uma moradia satisfatória pode trazer benefícios para a saúde e o bem-estar”, afirma Naira Dutra Lemos, coordenadora do Programa de Assistência Domiciliar ao Idoso (UNIFESP) e uma das autoras do Projeto de Consciência Gerontológica da Tecnisa.
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