“Alô! Sim? Quem fala? Só um minuto, estou no MSN! Alô, alô! Só um segundo, me chamaram no Orkut… Alô! É você meu amor, tudo bem? Ôps, só mais um segundo, o celular está tocando… Então, querida, vamos sair? Um minutinho… Recebi um torpedo, vou dar uma olhadinha no meu Twitter… Então, vamos sair no domingo? Sei, você tá na dúvida… Só um segundinho, acabo de receber uma mensagem no meu Blog, mas tá tudo bem com você? Sei… Puxa acabei de receber um convite no Facebook, mas, então, tudo bem no domingo? Puxa vida, agora que eu ia conversar com calma, caiu a linha! Acho que vou mandar um e-mail, pra confirmar se a gente vai se encontrar mesmo…”
Uau! Que confusão… Este é só um pequeno retrato de como tem sido a nossa vida e relacionamentos nestes tempos modernos. Com a tecnologia a todo vapor, temos vários meios e aparelhos para nos comunicar e interagir, minuto a minuto, vinte e quatro horas por dia. Pode ser através de um iPad, iPhone, Smartphone, um Laptop, Palmtop, um Tablet, ou até mesmo um simples celular. E será que conseguimos falar, pesquisar ou mesmo postar algo que realmente nos interessa?
Adoro a tecnologia e acredito que hoje, mais do que nunca, todas estas possibilidades de comunicação e informação tendem a criar uma sociedade mais democrática e nos aproximar cada vez mais uns dos outros. Posso falar com alguém que está na China sem pagar nada e, ao mesmo tempo, mandar um e-mail pra Amazônia e receber um torpedo em alguns minutos. Mas, se não pararmos pra pensar um pouquinho para que e por que estamos fazendo tudo isso, caímos no risco de banalizarmos completamente nossas relações.
Bem, como acabou a bateria do meu celular, acho que vou procurar o “orelhão” mais próximo e ver se acho algum amigo em casa, pra convidá-lo para tomar um cafezinho e trocarmos algumas ideias sobre a vida e o mundo.
Coordenadora Geral do Portal Terceira Idade, Pesquisadora do Envelhecimento, Pedagoga e Jornalista (API, Assoc. Paulista de Imprensa: Reg. 2152) (clique aqui para falar com a colunista)