Nunca vi tantas matérias e tanto alarde sobre o “fim do mundo em 12/12/2012”. Previsão Maia, Asteca, astrológica, ou mesmo científica: qual é a diferença?
Será possível acreditar que o mundo vai acabar em um dia? Ou em um determinado ano? Ou talvez ninguém queira perceber que todos os dias, há centenas de anos, nós estamos acabando com o planeta e com todos os seres vivos que o habitam?
Alguém se lembra que o ano de 2010 começou sacudindo o planeta? Nos primeiros dezenove dias do ano, ocorreram terremotos no Haiti, Argentina, Papua, Nova Guiné, Irã, Guatemala, El Salvador e no Chile. Pois bem, estávamos no início de 2011.
O Japão também sofreu, neste ano, um dos piores desastres de sua história: um grande tsunami, acompanhado de terremotos e, como consequência, a explosão de uma grande usina nuclear local.
Terremotos têm demonstrado sua força há séculos. Em 1755, um terremoto destruiu quase completamente a cidade de Lisboa. O sismo foi seguido de um tsunami. No século passado, em 1964, aconteceu o maior terremoto do mundo, no Alasca.
Não sou acadêmica da área ambiental, mas posso supor que, com todo o conhecimento científico que temos hoje, um dos grandes vilões de todas essas tragédias é a nossa ganância, colocando sempre à frente os lucros gerados por usinas nucleares, petróleo, desmatamentos e, principalmente, a falta de investimento na prevenção destas catástrofes.
Bem, na fome, miséria, doenças do século passado e retrasado, que ainda, vergonhosamente, existem em nosso planeta, pouco se fala. O grande slogan do momento é “Salve o planeta!”. Que tal criarmos uma nova onda? “Salve o ser humano!”
PS: O ser humano tem se colocado em perigo e maltratado a si mesmo, ao próximo e à nossa mãe Terra desde o momento em que, como dizem, se tornou um “ser racional e pensante”… Todos os dias podem ser 12/12/ 2012. Tome uma atitude hoje! Nós somos o planeta!
Coordenadora Geral do Portal Terceira Idade, Pesquisadora do Envelhecimento, Pedagoga e Jornalista (API, Assoc. Paulista de Imprensa: Reg. 2152) (clique aqui para falar com a colunista)