Muitas pessoas já devem ter se perguntado: “Puxa, eu tenho muita vontade de ir ao banheiro toda hora… Isso é um sintoma de incontinência urinária, ou não?”
Para responder a esta e outras perguntas sobre este distúrbio que acomete mais de 10 milhões de pessoas no Brasil – e, segundo estatísticas, mais de 50 milhões nos países industrializados –, o Portal Terceira Idade entrevistou o Dr. Roberto Eid Maluf, médico urologista do Hospital Santa Cruz, em São Paulo, e especialista na área pela Sociedade Brasileira de Urologia (veja vídeo acima).
Segundo o Dr. Maluf, a resposta para a pergunta acima é não. “Incontinência urinária é aquela perda urinária involuntária, independente do ato miccional, sem conseguir controlar. Ir ao banheiro constantemente pode ser uma urgência miccional, mas, se a pessoa consegue chegar ao banheiro e urinar, isso não caracteriza uma incontinência urinária”, esclarece.
O distúrbio pode acometer, também, pessoas mais jovens. Mas é mais comum nas pessoas mais idosas, principalmente mulheres já na época da menopausa. Nos homens, a incontinência urinária acontece mais para aqueles que passaram por uma cirurgia de próstata e acabam ficando com essa sequela. “Mas o problema não pode ser considerado definitivo. Em geral, há uma solução”, enfatiza o Dr. Maluf.
Na opinião do urologista, a indústria das fraldas, hoje em dia, está bem desenvolvida. As fraldas, geralmente, são descartáveis e têm uma boa absorção, com inúmeras marcas disponíveis no mercado, tanto para a parte urinária, quanto para a fecal.
O uso de fraldas por adultos leva, frequentemente, a um grande constrangimento, com sérias consequências convívio social e auto-estima. “A pessoa não pode ficar levando isso como um problema definitivo, devendo usar a fralda por um curto espaço de tempo e procurar um profissional, para procurar ver a causa do problema e tentar resolvê-lo. Hoje, há muitas opções de tratamento para este distúrbio. E ele tem solução. O que não deve acontecer é a pessoa ficar acomodada e achar que isso ‘é da idade’ e concluir que isso é definitivo”, conclui.
Coordenadora Geral do Portal Terceira Idade, Pesquisadora do Envelhecimento, Pedagoga e Jornalista (API, Assoc. Paulista de Imprensa: Reg. 2152) (clique aqui para falar com a colunista)