Lembro de quando era criança e, nesta época do ano, meus pais já tinham toda a lista do material escolar do novo ano letivo: cadernos, livros, borracha, lápis… Ficava ansiosa, esperando começar as aulas para usar tudo novinho!
O que me levou a lembrar desta época foi uma matéria que li esta semana, na qual o autor comentava que em todo início de ano ele se prometia ter atitudes diferentes e fazer todas as coisas que não havia feito no ano anterior. Mas, ao mesmo tempo, ele dizia que não acreditava mais nesse tipo de situação, já que todo novo ano era a mesma coisa, pois, com a correria do dia a dia e os problemas inesperados, acabava não conseguindo cumprir suas metas, tais como: iniciar um regime, caminhar, mudar de emprego, fazer um curso, casar, separar, e tantas outras ‘cositas’ mais…
Cheguei à conclusão que ambas as situações são muito parecidas. Todo início de ano é como se estivéssemos ganhando um caderno cheio de folhas brancas a serem preenchidas e, daí, fazemos disso nossa meta de vida e acabamos nos estressando, criando a obrigação de fazer neste ano o que muitas vezes não conseguimos fazer ao longo de toda nossa vida.
Também, pudera… Os políticos eleitos falam em alto e bom tom que vão acabar com a pobreza do Brasil, construir casas, escolas, hospitais… Tudo neste ano. Os comercias nos bombardeiam com a ideia de que, neste ano, temos que mudar de carro, de móveis, de casa, até nós mesmos temos que nos “mudar”, fazer uma lipo, uma cirurgia plástica…
Muita calma neste momento. Tudo bem, estamos em 2013, mas as coisas não mudam do dia pra noite. Pense bem no que realmente você quer fazer ou não fazer!
PS 1: São tantas coisas pra refletir…
PS 2: Mas de uma coisa não posso esquecer: comprar um TV nova, com milhares de pixels e muitas polegadas. Afinal, a Copa de 2014 vem aí!
PS 3: Felicidade não tem preço…
Coordenadora Geral do Portal Terceira Idade, Pesquisadora do Envelhecimento, Pedagoga e Jornalista (API, Assoc. Paulista de Imprensa: Reg. 2152) (clique aqui para falar com a colunista)