Preconceito: Opinião adotada sem exame, somente imposta pelo meio ou pela educação (fonte: Enciclopédia Larousse Cultural).
Doença: Processo mórbido definido, com sintomas característicos, que pode afetar o corpo todo ou uma ou várias de suas partes. (fonte: Dicionário Michaellis).
Bem, acho que a definição das palavras preconceito e doença já é um bom começo para questionarmos qualquer atitude que se baseie nestes conceitos.
Você já pensou que, em várias situações polêmicas de sua vida, o preconceito ou a moral imposta o levaram a tomar atitudes sem nem ao menos questioná-las? Venhamos e convenhamos, uma sociedade é composta de regras, porém muitas delas acabam se tornando dogmas, principalmente quando elas se justificam no medo de aceitar novas maneiras de agir e pensar.
A homossexualidade é uma dessas questões que nos dá medo, talvez porque ela coloque em risco a nossa idealização do “ser” masculino e do “ser” feminino. Mas será que esse é o maior problema? Ou a grande questão é: “posso ou não ser gay, lésbica, heterossexual, ou pintar o cabelo de verde?”.
É incrível como, estando no século 21, pessoas tidas como representantes de nossa sociedade – vide o Sr. Marco Feliciano, ironicamente, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal – têm coragem de alardear, em alto e bom tom, que homossexualismo é uma “doença” e que precisa de tratamento!
Se não lutarmos pelo nosso direito à liberdade e igualdade, independente de nossa cor, raça, religião ou opção sexual, é muito fácil amanhã nós mesmos sermos a próxima vítima.
Cuidado com o vírus do preconceito e da ignorância. Ele é facilmente transmissível através de “ditadores”, da mídia, rádio, TV, Facebook, jornais ou numa simples conversa de boteco…
PS: Fico muito feliz em saber que, aqui em Marília, existe a ALGBT (Associação de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais): www.observatoriodeseguranca.org
Coordenadora Geral do Portal Terceira Idade, Pesquisadora do Envelhecimento, Pedagoga e Jornalista (API, Assoc. Paulista de Imprensa: Reg. 2152) (clique aqui para falar com a colunista)