“Demônios da Garoa” e “Os Incríveis” são apenas alguns dos nomes que nos vêm à mente quando nos lembramos de conjuntos famosos da música brasileira – e que fazem parte do crescente grupo de músicos que já estão na 3ª idade.
Mas não é só a “moçada” famosa que está cantando e tocando por esse Brasil afora… Em Curitiba, no Paraná, um grupo muito carismático de idosos, que em 2013 completa dez anos, já tem até 2 CDs lançados. E estão planejando o terceiro!
“Os Velhos Guris” surgiu de um projeto de atividades de musicoterapia do Lar dos Idosos – Recanto Tarumã, mantido pela entidade Socorro aos Necessitados. O grupo teve três formações, mas um dos idealizadores, Odamir Bartholomeu, 81 anos, segue embalando o conjunto com música de qualidade.
Músico da noite curitibana “do tempo que tinha bonde”, Bartholomeu e seu inseparável pandeiro sempre tocou em casas noturnas, durante o dia, tinha sua segunda profissão, de técnico eletrônico. A chegada ao lar dos idosos aconteceu em 2003, porque não conseguia mais emprego.
Logo no primeiro dia, ele reencontrou um velho amigo músico, Jorge Xavier de Barros, “Chegamos no mesmo dia aqui e nos encontramos no refeitório. Foi algo emocionante”, afirma.
Meses depois, a musicoterapeuta e coordenadora do grupo, Claudimara Zanchetta, veio trabalhar no local com objetivo terapêutico. “O objetivo inicial era trabalhar a história musical de cada morador do lar, mas eles queriam mais e fundaram o grupo”.
Os “Velhos Guris” já gravaram dois CDs – um de moda de viola e outro de samba –, tendo sido consagrados com diversas premiações de projetos envolvendo a terceira idade.
Sem fazer muitos planos, os “guris” querem envelhecer com dignidade e, se possível, gravar um terceiro CD. “O terceiro poderia ser de serenatas, para lembrar das velhas namoradas”, declara Bartholomeu.
PS 1: Parabéns para esses lindos Guris!
PS 2: Envelhecer com saúde e prazer: um direito de todos!!
Coordenadora Geral do Portal Terceira Idade, Pesquisadora do Envelhecimento, Pedagoga e Jornalista (API, Assoc. Paulista de Imprensa: Reg. 2152) (clique aqui para falar com a colunista)