Composta, preferencialmente, por senhoras vestidas com roupas que remetem às antigas tias baianas dos primeiros grupos de samba do início do século XX, no Rio de Janeiro, a ala de baianas – introduzida nos desfiles de carnaval ainda nos anos 1930 – é considerada como uma das mais importantes de uma escola de samba.
Laurentina da Conceição é uma destas “baianas”. Aos 79 anos, Dona Laurentina, como é conhecida na comunidade de Itaquari, em Cariacica, município de Espírito Santo, desfila como baiana pela Independente de Boa Vista.
Laurentina está na escola desde 1976, quando levava os filhos ainda pequenos para desfilar. De lá para cá, ela auxilia no trabalho de confecção das fantasias da escola. “Antes, quase não sabia costurar, fui aprendendo com o trabalho na escola”, confessa.
Desde os primeiros desfiles, quando a ala era formada por apenas cinco ou seis baianas, Laurentina fica ansiosa para chegar o final do ano e começar os trabalhos no barracão. “É uma maravilha! Eu me sinto feliz de estar na escola. Me arrepio quando penso no desfile. Sou a baiana mais velha da escola Independente de Boa Vista”, afirma, emocionada. “E, se Deus quiser, ano que vem estarei novamente na escola”, completa.
Coordenadora de redação e interatividade do Portal Terceira Idade (clique aqui para falar com a colunista)