O título acima parece até nome de uma nova banda ou grupo de pagode… Infelizmente, não é. Quando andamos pelas ruas ou saímos nos fins de semana para as baladas, já nos acostumamos a ver e conviver com uma legião de meninos e meninas de rua pedindo esmolas ou querendo lavar a janela do nosso carro e, imediatamente, nos vêm aqueles sentimentos de raiva, medo e aquela sensação de um grande incômodo.
Mas, logo que o farol abre, você atravessa a rua ou dá a partida no carro e pensa: “Ufa, que alívio”. Essas imagens acabam ficando apenas na nossa memória, sumindo ao menor sopro, assim como bolhas de sabão.
Puxa vida, esses seres humanos, adultos, jovens ou crianças, são tão humanos quanto nós. E por que será que eles estão nas ruas e nós não? Acho que só o fato de pensarmos nisso já é um começo para tentar entender e buscar os milhares de motivos que os levaram a chegar a esse ponto.
Vivemos num mundo cheio de beleza e desigualdade. Qual será a história desses jovens que praticamente viraram bichos? Com certeza, eles não pediram para estar nesta situação! E nem estariam lá se eles, ou seus pais, tivessem tido acesso à educação, saúde, casa, trabalho, amor, dignidade e direitos humanos!
É muito fácil chamá-los de vagabundos, incompetentes, drogados, etc., etc… Mas é muito mais difícil nos colocarmos em seu lugar, ou então buscarmos a raiz da questão!
Nada acontece do dia para a noite… Ficar esperando que sobreviva o mais forte ou que cada um se vire como puder e, ainda por cima, colocar a culpa no mais fraco, não vai resolver absolutamente nada!
Uma sociedade só muda quando seus cidadãos lutam por isso. Acredito que cada geração deve ajudar a sua e a seguinte a irem mais longe.
PS 1: Daqui a pouco vão querer diminuir a maioridade penal para 15, 14, 12, 10 anos…
PS 2: Será que os governantes vão querer construir “creches penais”?
PS3: “Brasil – Pátria Educadora”… Desde quando?
Coordenadora Geral do Portal Terceira Idade, Pesquisadora do Envelhecimento, Pedagoga e Jornalista (API, Assoc. Paulista de Imprensa: Reg. 2152) (clique aqui para falar com a colunista)