Na década de 60, a chinesa Tu Youyou, hoje com 84 anos, foi nomeada chefe do centro de investigação médica em que trabalhava. O intuito das pesquisas era desenvolver um medicamento fitoterápico para o combate à Malária, doença que acarreta febres altas e lesões graves, levando, muitas vezes à morte pela simples picada de um mosquito.
Pesquisa sigilosa
O projeto que ela chefiava foi criado pelo líder chinês Mao Zedong e batizado com o código “523”. As pesquisas eram sigilosas, e os integrantes analisaram mais de duas mil receitas até chegar ao resultado final.
Prêmio Nobel
O prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia de 2015 foi concedido no último dia 5 de outubro aos cientistas William C. Campbell, irlandês, e Satoshi Omura, japonês, por criarem novas terapias para combater doenças causadas por vermes nematódeos e para YouYou Tu, chinesa, por desenvolver uma nova terapia contra malária.
Os dois primeiros vencedores dividirão metade dos 8 milhões de coroas suecas do prêmio – equivalente a 963 mil dólares –, enquanto Tu ficará com a outra metade.
Sacrifício da vida pessoal
Tu Youyou, que tem formação acadêmica apenas em Farmacologia, descobriu como isolar e manipular o componente da planta artemisia apiacea, apontada como pivô da cura da doença parasitária.
Segundo Tu, que abdicou do convívio familiar passando dias a fio no laboratório, a descoberta valeu a pena. “Estava disposta a sacrificar minha vida pessoal”, afirmou a pesquisadora. “Vi muitas crianças em estágio terminal de malária”, enfatizou.
Graças ao trabalho de Tu e sua equipe, hoje, o medicamento descoberto salvou mais de um milhão de vidas só na África.
fotos: Fundação Nobel / divulgação
Redação do Portal Terceira Idade (clique aqui para falar com a equipe de redação do Portal Terceira Idade)