Segundo Martin Henkel, esse público não é impulsivo em relação ao consumo, mas também não considera o preço como principal atributo no momento da compra
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onúmero de pessoas com mais de 60 anos no Brasil vem aumentando ano a ano. Os 25,5 milhões de idosos em 2012, 12,8% da população, passaram a ser 29,6 milhões em 2016, 14,4% do total de pessoas no país.
Enquanto o número de idosos cresce, a parcela de crianças de 0 a 9 anos de idade na população residente caiu de 14,1% para 12,9% no período – uma redução de 4,7%. Os dados são PNAD 2016, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Segmento 60+

“É uma população que cresce e envelhece com características bem diferentes das gerações anteriores. Os integrantes da população 60+ estão causando, novamente, uma revolução comportamental, estrutural e econômica. Não estávamos preparados para isso”. A afirmação é do consultor de marketing e negócios e fundador da SeniorLab Inteligência em Mercado 60+, Martin Henkel (foto).
Henkel destaca algumas das principais características dessa faixa etária:
– 29,6 milhões de pessoas têm mais de 60 anos no Brasil (14,4% da população);
– 86% deles têm entre 60 e 79 anos;
– Respondem por 20% do consumo das famílias;
– Renda de idosos no Brasil representa R$ 800 bilhões;
– 70% dos consumidores 60+ já fizeram compras online e 23,9% já compraram via smartphone;
– Gastam 15 bilhões ano em compras no e-commerce;
– 15,3% da população 60+ está no Facebook;
– 89% dos que têm smartphone usam WhatsApp;
– 83% dos idosos acessam a internet todos os dias;
– A maioria tem renda, por menor que seja, garantida.
Críticos e seletivos
Segundo Henkel, em relação ao consumo, eles não são impulsivos, mas também não consideram o preço como principal atributo no momento da compra. “É muito difícil de conquistar essa população pois eles têm tempo, experiência, são críticos, seletivos, sensíveis e tem dinheiro. Ainda são muito racionais”, explicou, acrescentando que a renda de idosos no Brasil representa R$ 800 bilhões.
O consultor afirmou ainda que as marcas e empresas não pensam nos idosos no momento de criar suas estratégias de marketing. “Há produtos nos supermercados voltados para eles que estão na última prateleira. Assim como são o maior público do Jornal Nacional e as propagandas não são direcionadas à terceira idade”, exemplificou.
“Gente feliz, com vitalidade, dinheiro e buscando experiências que os satisfaçam. Imagine o poder que eles têm para transformar a economia. Porém, a maior parte do mercado não estava com esse público no radar e empresários não se deram conta que a população 60+ fará a diferença entre marcas e produtos que existirão ou não nos próximos 15 anos”, finaliza.
Fotos e vídeo: divulgação

Jornalista pela Unimar (Universidade de Marília) e autora do livro ‘Vivendo’ (clique aqui para falar com a colunista)