Com 850 mil mulheres espalhadas por 7.000 equipes praticando o futebol, a Alemanha acredita que a Copa vai despertar uma nova geração feminina para o futebol. Os alemães já consideram um crescimento de 41,67% em 12 anos, uma grande evolução, mas querem uma participação ainda maior das meninas.
O futebol feminino é tão expressivo na Alemanha que possibilitou a criação da revista “Brigitte”, na qual mulheres debatem aspectos táticos e técnicos das seleções que a partir de sexta-feira, 9/6, entram em campo. No Brasil, infelizmente, essa opção editorial pode parecer estranha, mas na Alemanha é natural.
Segundo a Federação alemã de futebol, cerca de 20% da capacidade dos estádios em partidas do Nacional masculino é preenchida por mulheres. Não que elas não tenham um currículo respeitado de conquistas. Elas foram medalha de bronze na Olimpíada de 2000, e ficaram com o ouro no Mundial de 2003.
O público feminino não só pratica o esporte mais popular do mundo, como o considera um agradável entretenimento. Isso refletiu nos bastidores e ajudou a romper um tabu, a diretoria da Bundesliga, uma das ligas da Alemanha, sempre dominada por homens, hoje tem a presença de uma mulher, Katja Kraus, que trabalha no clube de Hamburgo.
Katja Kraus explica que a prática e o interesse pelo futebol só aumentou devido a melhoria de qualidade dos clubes e estádios. Como conseqüência desta evolução, a Alemanha lidera o ranking feminino, seguida pelos Estados Unidos, Noruega e Brasil.
Essa é a Alemanha que superou guerras, comunismo, nazismo e, mesmo após a queda do muro de Berlim, ainda passa por problemas econômicos, mas hoje valoriza e pratica sua democracia, considerada uma das melhores do mundo.
Coordenadora de redação e interatividade do Portal Terceira Idade (clique aqui para falar com a colunista)