As facilidades do empréstimo consignado (crédito com desconto em folha) e juros menores fizeram com que mais aposentados buscassem essa forma de crédito para ajudarem filhos e parentes. Segundo pesquisas da Associação Brasileira de Bancos (ABBC), hoje há pelo menos 1 milhão de aposentados (20% do total de 5,4 milhões) com empréstimos tomados em todo país.
Em 2005, o aposentado Cláudio Tao, que recebe R$ 1.500,00 mensalmente, pediu empréstimo consignado no valor de R$ 2.500,00 para pagar as despesas do casamento (desde o vestido de noiva até o bufê) da filha mais velha. Em setembro Tao pretende quitar a dívida e renovar o empréstimo para trocar o carro da filha mais nova. Tao revelou que só fez isso devido as facilidades e os juros serem menores, mas admitiu que a parcela do empréstimo o obrigou a economizar e cortar despesas como viagens e refeições fora de casa.
A realidade em que vivemos hoje é que muitos aposentados são arrimos de família, pois tem filhos solteiros ou casados desempregados, e muitas vezes a maneira de socorrê-los é buscar o empréstimo consignado.
José de Almeida é um desses casos. Viúvo e morando com duas filhas, recebe R$ 840,00 por mês de aposentadoria e é responsável por metade das despesas da casa. Almeida já fez dois empréstimos, o primeiro, de R$ 3.000,00, foi para reformar a casa, e o segundo, no mesmo valor, foi para reformar a edícula onde as filhas irão montar uma oficina de artesanato. E o dinheiro que arrecadarem será usado para ajudar nas despesas da casa.
Juros menores e descontos em folha facilitam o empréstimo para o aposentado. Mas pense bem, use esse dinheiro com moderação.

Coordenadora Geral do Portal Terceira Idade, Pesquisadora do Envelhecimento, Pedagoga e Jornalista (API, Assoc. Paulista de Imprensa: Reg. 2152) (clique aqui para falar com a colunista)