Pesquisa realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) demonstra que a média de vida do brasileiro atingiu a marca de 71,9 anos. O Nordeste tem o maior aumento de expectativa de vida do País.
Essa marca estima que a geração nascida no ano de 2005 viverá, em média, até os 71,9 anos, gerando, assim, um aumento de dois meses e 12 dias de vida em relação a pesquisa realizada no ano de 2004.
Apesar dos Estados de Alagoas, Maranhão e Pernambuco ocuparem os últimos lugares no ranking da esperança de vida ao nascer, nos dois primeiros Estados o ganho foi de 2,1 anos de vida e, em Pernambuco, a expectativa aumentou dois anos.
Segundo o demógrafo Juarez de Castro Oliveira, do IBGE, esse aumento é conseqüência de uma pequena melhoria das condições de vida do brasileiro devido a redução da mortalidade infantil, bem como das melhorias de acesso à tecnologia no setor de saúde e aumento no acesso à escola.
Comparando a expectativa de vida entre os Estados, percebemos as desigualdades e contrastes regionais do País. Enquanto o Nordeste figura no ranking com a pior média, 71,9 anos (apesar do crescimento ter sido o maior do País), a região Sul tem a maior expectativa de vida, 74,2 anos. Porém, alguns Estados da região Sul registraram os menores acréscimos na expectativa de vida ao nascer: Rio Grande do Sul (1,4) e Santa Catarina (1,3).
Ana Maria Nogales, diretora do Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares da UnB (Universidade de Brasília), que analisou os dados da pesquisa do IBGE, disse que, apesar do País ter avançado entre os anos de 2000 e 2005, ainda há muito que melhorar para alcançar os vizinhos latino-americanos como: México, Argentina e Chile, onde a expectativa de vida vai de 74 a 76 anos.
Ana Maria também afirmou que as diferenças regionais são resultado da desigualdade entre os Estados. Enquanto algumas regiões contam com boa estrutura de assistência à saúde, outras ainda não têm saneamento básico.
A vida média ao nascer das mulheres permaneceu maior que a dos homens entre 2000 e 2005, 75,8, contra 68,2 para o sexo masculino. É levado em consideração, durante a pesquisa, o cálculo da vida média (ou seja, não só ao nascer, mas durante as etapas da vida), de onde resulta essa diferença de expectativa entre mulheres e homens.
Coordenadora de redação e interatividade do Portal Terceira Idade (clique aqui para falar com a colunista)