A Osteoartrose, ou apenas “Artrose” como é freqüentemente chamada, é uma doença muito comum na terceira idade. É considerada uma doença crônica e degenerativa, que atinge a cartilagem das articulações (juntas), principalmente as articulações que tem função de descarga de peso, como quadril, joelho e coluna.
Por volta dos 70 anos, 85% das pessoas apresentam Artrose diagnosticável, e uma grande parte sofre de seus sintomas, como dor e incapacidade funcional, dificultando a realização de atividades da vida diária como: caminhar, subir e descer escadas, levantar e sentar da cama, cadeira ou sofá, dificuldade em ficar muito tempo na mesma posição, podendo ainda influenciar negativamente o sono, devido à dor noturna.
O diagnóstico precoce é muito importante, pois, com o tratamento sendo realizado desde o início da doença, a qualidade de vida pode melhorar muito e postergar a sua evolução natural, evitando que os estágios mais avançados da doença ocorram de uma forma muito acelerada, uma vez que estes são muito dolorosos e incapacitantes e, muitas vezes, só resolvidos através de cirurgia.
O diagnóstico é feito através de exames clínicos e exames de imagens. É necessário que o paciente procure um médico ortopedista, ou um fisioterapeuta especializado para receber orientações e iniciar o tratamento medicamentoso, a fim de reduzir a dor e proteger a cartilagem.
A conduta fisioterapêutica tem como objetivo oferecer uma melhor qualidade para a musculatura que envolve as articulações acometidas, buscando melhorar a flexibilidade e a recuperação da força, podendo, também, utilizar terapias analgésicas como adjuvante do tratamento.
Também é muito importante que o portador da Artrose esteja bem orientado para a manutenção dos exercícios em casa, além de conhecer bem seus limites e suas capacidades, para que possa levar uma vida ativa e saudável, evitando levar uma vida sedentária, o que pode agravar os sintomas.
Fisioterapeuta especialista em ortopedia e traumatologia do Instituto de Ortopedia e Trauma do Hospital das Clínicas de São Paulo (CREFITO: 3 15382) (clique aqui para falar com o colunista)