O Brasil encerrou as Olimpíadas de Pequim 2008 no domingo, 24 de agosto, com um saldo de 15 medalhas: 3 de ouro, 4 de prata e 8 de bronze, ficando em 23º lugar na classificação geral, com destaque especial para as mulheres, que demonstraram seu brilho nestes jogos.
Depois de tantas disputas (e muita torcida), vale a pena conhecer um pouco sobre a história das Olimpíadas, quando e porquê começaram estes jogos que unem tantos países e culturas diferentes em torno de um objetivo comum: competir entre sí, usando o esporte como cenário.
Breve história das Olimpíadas
A cada quatro anos, atletas de centenas de países se reúnem num país sede para disputarem um conjunto de modalidades esportivas. A paz, a amizade e o bom relacionamento entre os povos são os princípios dos jogos olímpicos. A própria bandeira olímpica representa essa união de povos e raças, pois é formada por cinco anéis entrelaçados, representando os cinco continentes e suas cores.
Os Jogos Olímpicos foram criados pelo gregos por volta de 2500 AC, quando faziam homenagens aos deuses, principalmente à Zeus. Atletas das cidades-estados gregas se reuniam na cidade de Olímpia para disputarem diversas competições esportivas. Os vencedores eram recebidos como heróis em suas cidades e ganhavam uma coroa de louros.
Não era só a religiosidade que os gregos buscavam através dos jogos olímpicos, mas paz e harmonia entre as cidades que compunham a civilização grega. Os jogos mostram, também, a importância que os gregos davam aos esportes e a manutenção de um corpo saudável.
No ano de 392 AC, os Jogos Olímpicos e quaisquer manifestações religiosas do politeísmo (crença em vários deuses) grego foram proibidos pelo imperador romano Teodósio I, após converter-se para o cristianismo.
Em 1896, os Jogos Olímpicos foram retomados em Atenas, por iniciativa do francês Pierre de Fredy, conhecido com o Barão de Coubertin. Nesta primeira Olimpíada da Era Moderna, participaram 285 atletas de 13 países. Os vencedores das provas foram premiados com medalhas de ouro e um ramo de oliveira.
As Olimpíadas, em função de sua visibilidade na mídia, serviram de palco de manifestações políticas, desvirtuando seu principal objetivo de promover a paz e a amizade entre os povos.
Nas Olimpíadas de Berlim (1936), o chanceler alemão Adolf Hitler, movido pela idéia de superioridade da raça ariana, não ficou para a premiação do atleta norte-americano negro Jesse Owens, que ganhou quatro medalhas de ouro.
Nas Olimpíadas da Alemanha em Munique (1972), um atentado do grupo terrorista palestino Setembro Negro matou 11 atletas da delegação de Israel. A partir deste fato, todos os Jogos Olímpicos ganharam uma preocupação com a segurança dos atletas e dos envolvidos nos jogos.
Em plena Guerra Fria, os EUA boicotaram os Jogos Olímpicos de Moscou (1980) em protesto contra a invasão do Afeganistão pelas tropas soviéticas. Em 1984, foi a vez da URSS não participar das Olimpíadas de Los Angeles, alegando falta de segurança para a delegação de atletas soviéticos. Apenas em Barcelona (1992) a competição voltou a contar com a maioria dos países.
Neste ano, a China sediou os Jogos Olímpicos e a tocha Olímpica foi acesa na Grécia (cidade de Olimpia) em 24 de março, percorrendo diversos países do mundo até chegar em Pequim, em 08 de agosto (dia da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos).
Ao todo, foram realizados 302 eventos esportivos, sendo 165 provas masculinas, 127 femininas e 10 mistas na Olimpíada de Pequim deste ano.
E, para finalizar, segue um bom conselho: pratique esportes. E pratique-os com seus(suas) amigos(as)! Organize competições do esporte que você mais se dá bem, no seu bairro ou associação que você freqüenta. Você não vai virar um campeão mundial e nem ganhar medalhas olímpicas. Mas, com certeza, vai melhorar muito a sua saúde e fazer um montão de novos amigos!
Coordenadora de redação e interatividade do Portal Terceira Idade (clique aqui para falar com a colunista)