Desde o descobrimento do Brasil até hoje existe uma enorme exclusão social, e essa desigualdade também tem cor. Quantas vezes você já ouviu ou até falou: “sabe aquele cara de cor, até que ele é legal…”. Aí vem a pergunta: de que cor?
Todos nós temos uma cor: branca, amarela, vermelha, negra…. Todos temos uma etnia. Porque será que, sempre que falamos “de cor”, estamos nos referindo aos negros? O Brasil ainda trata a questão racial com distanciamento e hipocrisia. É quase como se o racismo em nosso país não existisse.
Ficamos indignados ao ouvir os discursos xenofóbicos e nazistas de líderes de extrema direita como o austríaco, Joerg Haider, enquanto aqui, no nosso querido Brasil, tratamos os negros e os índios como estrangeiros que vieram roubar o trabalho dos brancos. Afinal, foram os próprios colonizadores brancos que trouxeram os negros da Africa para trabalharem como escravos, e os índios já estavam aqui!
O racismo sutíl e disfarçado no Brasil continua impossibilitando a igualdade de direitos e cidadania dos negros e índios, deixando-os sempre à margem do sistema. O racismo não é algo para ser discutido em guetos, pois toda e qualquer discriminação acaba se transformando em preconceito, e todo preconceito é uma faca de dois gumes, amanhã você pode se tornar o próximo alvo.
Infelizmente, ainda não aprendemos a respeitar as diferenças, que dirá conviver com elas.
Coordenadora Geral do Portal Terceira Idade, Pesquisadora do Envelhecimento, Pedagoga e Jornalista (API, Assoc. Paulista de Imprensa: Reg. 2152) (clique aqui para falar com a colunista)