Quem nunca se perguntou “será que eu posso tomar esse remédio com leite?”, ou, quando está com um pouco de dor de cabeça, “será que dá pra tomar este anti-inflamatório junto com meus medicamentos de rotina?”
São dúvidas e questionamentos freqüentes que nos acometem no dia-a-dia. Mas seria bom pararmos para refletir um pouco: “será que determinado medicamento que eu devo tomar de estômago vazio, vai me fazer mal se eu tomá-lo após uma refeição?”, ou “tomar um medicamento por conta própria, fazendo uso de medicamentos de rotina, não vai me fazer mal?”
A resposta para essas questões é: não podemos e não devemos! Quando ingerimos um medicamento, ele pode não ter o mesmo efeito se estivermos de estômago cheio, ou se for ingerido com alguma substância líquida, por exemplo. Vale lembrar que, quando a orientação médica é para que seja ingerido junto com água ou alimentos, ela deve ser seguida.
É importante saber que, da mesma forma que cada medicamento tem uma ação específica, a sua efetividade também será dependente de uma seqüência de fatores, tais como horários rígidos e forma de ingestão. Portanto, é importante ressaltar que as orientações médicas não são dadas por capricho, elas farão a diferença entre a plena efetividade da medicação ou um resultado abaixo do esperado.
Outra orientação muito importante que também deve ser lembrada é sobre as interações medicamentosas. Um analgésico ou um antiinflamatório pode não ter efeitos negativos quando usados sozinhos ou por um curto período, mas é muito importante saber que, quando usamos medicamentos associados, eles podem ter efeitos não esperados, como, por exemplo, anulação ou potencialização do efeito.
Estados físicos e psicológicos alterados também podem contribuir para que os efeitos do medicamento não apresentem o resultado esperado, bem como o uso prolongado de um medicamento sem o conhecimento do seu médico.
Então, meu recado para você, leitor(a) do Portal, é: a nossa vida não é brincadeira, sempre que estivermos nos sentindo mal, antes de tomarmos algum medicamento, devemos consultar o nosso médico, ouvir sua opinião e seguir a conduta recomendada a risca, para que efeitos desagradáveis não nos peguem de surpresa.
Fisioterapeuta especialista em ortopedia e traumatologia do Instituto de Ortopedia e Trauma do Hospital das Clínicas de São Paulo (CREFITO: 3 15382) (clique aqui para falar com o colunista)