Mais uma vez chega-se à data da comemoração do aniversário da cidade de São Paulo. São 456 anos de vida, lutas e sonhos de uma megalópole que é considerada a maior cidade da América Latina, com uma infinidade de atividades culturais que atendem os mais diversos gostos.
Mas São Paulo é vista, também, como uma louca megalópole, com seu trânsito caótico, sua poluição (atmosférica, visual e sonora) e as recentes enchentes que aterrorizam a cidade.
Quem não se lembra daquele adesivo vendido em bancas de jornal nos anos 70: “Brasil, ame-o ou deixe-o”? Talvez uma versão desse adesivo para a nossa cidade hoje seria: “São Paulo, ame-a ou deixe-a”.
Mas provavelmente você, como muitos outros cidadãos desta frenética metrópole, ama São Paulo de paixão, e não a trocaria por nada deste mundo. Irracional? Não faz sentido? Tal como no amor e na paixão, a gente gosta, e pronto.
Assim é a São Paulo de quem gosta dela. Uma cidade que acolhe italianos, orientais, judeus, muçulmanos, índios, enfim, uma cidade com uma pluralidade racial e cultural talvez única na América Latina, com uma gastronomia tão diversificada quanto maravilhosa, centenas de cinemas, bares, danceterias, clubes, centros de esportes, museus e centros culturais para todos os gostos e idades.
São Paulo é a terra da garoa, terra da liberdade, terra da luz, terra da pizza, da macarronada, do kibe, do pastel, do acarajé, do vatapá, da mandioca, do fubá, do doce-de-leite, do feijão de corda, do café…
Aqui, inicialmente, habitavam os índios, depois chegaram os portugueses, italianos e tantos outros imigrantes e migrantes, cada um deles trazendo sua cultura, suas receitas, todas se mesclando, criando, não só uma receita, mas uma grande “salada mista”. São Paulo é como coração de mãe, sempre cabe mais um! Mas também, como toda boa mãe, é carinhosa, porém muitas vezes dura e exigente. Nem sempre é fácil entendê-la.
Pessoalmente, acho muito difícil deixá-la, pois quem aqui nasceu ou chegou cria um amor intenso por essa metrópole cheia de luzes, sonhos, dores, cores, aromas, lutas e esperanças que é São Paulo hoje.
Com certeza, seus fundadores Padre Manoel da Nóbrega e José de Anchieta nunca imaginaram no que uma pequena cabana coberta de sapé no alto de uma colina iria se transformar.
Parabéns São Paulo!
Parabéns à todos que a amam e não a deixam!
Coordenador de Webdesign e TI do Portal Terceira Idade, Jornalista e Publicitário (API, Assoc. Paulista de Imprensa: Reg. 2150) (clique aqui para falar com o colunista)