A cada três mortes de pessoas adultas, duas são de homens. Eles vivem, em média, sete anos menos do que as mulheres e têm mais doenças do coração, câncer, diabetes, colesterol, além de pressão arterial mais elevada.
Com o objetivo de facilitar e ampliar o acesso da população masculina aos serviços de saúde, e também como resposta à observação de que as doenças que afetam o sexo masculino são um problema de saúde pública, foi criada, no dia 27 de agosto de 2009, a Política Nacional de Saúde do Homem.
O país é o primeiro da América Latina e o segundo do continente americano a implementar uma política nacional de atenção integral à saúde do Homem. O primeiro foi o Canadá.
Na maioria das vezes, os homens só recorrem aos serviços de saúde quando a doença está mais avançada. Assim, em vez de serem atendidos no posto de saúde, perto de sua casa, eles acabam buscando, na última hora, um hospital, o que gera maior sofrimento físico e emocional para o paciente e sua família.
Os homens têm dificuldade em reconhecer suas necessidades, cultivando o pensamento que rejeita a possibilidade de adoecer. Os serviços de saúde e os meios de comunicação privilegiam as ações de saúde para a criança, o adolescente, a mulher e o idoso.
Na velhice, os homens se confrontam com a própria vulnerabilidade, sobretudo porque, nessa etapa da vida, muitos deles são levados a procurar ajuda médica diante de quadros irreversíveis, por não terem lançado mão de ações de prevenção ou de tratamento precoce para as enfermidades.
A não-adesão às medidas de saúde integral por parte dos homens leva ao aumento da incidência de doenças e de mortalidade. Números do Ministério da Saúde mostram que, do total de mortes na faixa etária de 20 a 59 anos, população alvo da nova política, 68% foram de homens. Ou seja, a cada três adultos que morrem no Brasil, dois são homens, aproximadamente.
Coordenadora de redação e interatividade do Portal Terceira Idade (clique aqui para falar com a colunista)