Em geral, a dor ciática ocorre pela compressão das raízes do nervo por uma hérnia de disco intervertebral lombar. Pessoas obesas e indivíduos de vida muito sedentária estão mais propensos ao surgimento do problema. Idosos também são vulneráveis ao incômodo, pois, com a idade, o canal vertebral tende a se estreitar.
É muito comum pessoas que sofrem do problema se queixarem de dor numa das pernas. Às vezes ocorrem também alterações de sensibilidade, dormências e uma espécie de agulhada no local. As pessoas com dor ciática também podem apresentar perda de força nas pernas, assim como alteração nos reflexos.
A dor ciática pode ser diferenciada da dor na coluna por conta de algumas características próprias. A primeira em geral se irradia para a região posterior da coxa e perna, piorando com a flexão do tronco ou com a elevação da perna. Na maioria das vezes, as dores ciáticas estão relacionadas com as dores da coluna lombar.
Os especialistas recomendam cuidado com a prescrição de massagens para quem sofre de dor ciática. Isso porque nem todos os massagistas estão habilitados para tratar o problema da forma adequada. O ideal é procurar orientação num ortopedista e tratar a dor com acompanhamento fisioterápico.
O tratamento conservador consiste em analgesia e correção postural. A analgesia pode ser tratada com analgésicos ou antiinflamatórios, desde que o paciente não tenha insuficiência renal ou cardíaca, pois causa efeitos colaterais.
A acupuntura tem sido uma alternativa bastante viável no tratamento destes casos de dor. O seu longo tratamento requer um pouco mais de paciência. Com o uso de agulhas descartáveis afastamos qualquer risco de contaminação.
A reeducação postural auxilia no tratamento paciente, ampliando suas possibilidades de movimentação. Para evitar a dor na coluna e amenizá-la se ela já existir, o ideal é repouso e evitar forçar a coluna por cerca de 4 dias. A recomendação é que os idosos permaneçam em posições corretas com a coluna, não assistam televisão deitados, espreguicem pela manhã ao levantar da cama e façam exercícios físicos monitorados por um profissional.
Fisioterapeuta especialista em ortopedia e traumatologia do Instituto de Ortopedia e Trauma do Hospital das Clínicas de São Paulo (CREFITO: 3 15382) (clique aqui para falar com o colunista)